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DF prevê ‘explosão’ de casos de Covid até fevereiro e ‘sobrecarga’ nas unidades de saúde

Pasta, no entanto, espera situação diferente dos picos anteriores, com maioria de casos menos graves e estabilidade no número de mortes e internações. Secretaria ressalta importância das medidas de proteção.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) espera uma “explosão” de casos de Covid-19 e uma “sobrecarga” nas unidades de saúde nas próximas semanas. As informações foram confirmadas pelo secretário-adjunto de Assistência à Saúde do DF, Fernando Erick Damasceno, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6).

Segundo o gestor, o aumento ocorre por conta da transmissão comunitária da variante ômicron – mais contagiosa – e das festas de fim de ano. No entanto, Fernando afirma que a expectativa é que a nova onda da doença seja diferente dos picos anteriores no DF, com maioria dos casos menos graves e estabilidade no número de mortes e internações.

Na entrevista, o gestor ressaltou a importância das medidas necessárias para conter a pandemia, como uso de máscaras, evitar aglomerações e tomar a vacina contra a Covid. “[A partir de agora] interações não protegidas vão oferecer um risco maior para aqueles que não se protegerem”, disse.

Aumento de casos

Segundo Fernando Erick Damasceno, o aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas está relacionado à alta na transmissão e também da ampliação da testagem na capital. O gestor afirmou que essa situação já estava prevista pela pasta e que houve esforço para aumentar a realização dos testes, para retirar os casos positivos de circulação.

“Esperamos um aumento abrupto de casos, que é a característica principal da variante ômicron. É o que provavelmente enxergaremos aí nos próximos 45 dias. Porém, a maioria com sintomas leves”, disse.

O secretário-adjunto afirmou que, nesta semana, 15% dos exames feitos em quatro postos de testagem ampla do governo tiveram resultado positivo. No entanto, a expectativa é que esse número cresça e chegue a um positivo a cada quatro testes. “O RT [taxa de transmissão do vírus] vai aumentar bastante”, afirmou Fernando.

As expectativas da pasta são baseadas em experiências vividas em outras regiões onde a ômicron se espalhou, como a África do Sul e países da Europa. De acordo com o secretário-adjunto, apesar da subida abrupta, o número de casos nesses locais também teve um “declínio rápido”.

Segundo a pasta, há 26 casos confirmados de infecção pela ômicron na capital, sendo cinco com transmissão comunitária – pessoas que não viajaram nem tiveram contato com viajantes e não é possível rastrear como ocorreu o contágio. A SES-DF afirma que todos estão curados.

Sobrecarga nos hospitais

Ainda segundo o secretário-adjunto, há expectativa de sobrecarga nos hospitais, mas não por casos de internação ou leitos de UTI. “Haverá sobrecarga, porque a sobrecarga será na porta de emergência”, afirmou Fernando Erick Damasceno.

Nesta semana, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais ficaram lotados de pacientes com sintomas gripais. Segundo o secretário-adjunto, “mesmo com a sobrecarga, não está faltando assistência”.

Fonte: G1

 

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