Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em Atibaia, interior de São Paulo (05/2020).
O mandado de prisão preventiva – sem prazo para acabar – foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do estado (Alerj). No esquema, segundo a investigação, funcionários de Flávio, então deputado estadual, devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e através do investimento em imóveis.
Queiroz foi preso quando estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
Em Brasília, nesta manhã, o presidente deixou o Palácio da Alvorada, residência oficial, em um comboio em alta velocidade, e não parou para falar com apoiadores, como faz há meses.
Em setembro de 2019, o advogado Wassef disse ao programa Em Foco, da GloboNews, que não sabia o paradeiro de Queiroz, e que não era advogado dele (veja trechos da entrevista). Um caseiro do imóvel disse à polícia, entretanto, que o ex-assessor estava lá havia um ano.
Segundo um delegado que participou da operação, foi preciso arrombar o portão e a porta da casa onde Queiroz estava. Ele não resistiu e só disse que estava muito doente. Na casa, em uma parede sobre a lareira, havia um cartaz do AI-5, ato institucional de 1968 que endureceu a ditadura militar.
Após ser preso, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro passou pelo Instituto Médico Legal na cidade de São Paulo e foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, de onde saiu por volta das 9h50 para ser transferido para o Rio.