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Morre empresário que foi dopado e mantido refém em hotel por 8 dias

O empresário de 46 anos que foi dopado e mantido em cativeiro em um quarto de hotel em Taguatinga (DF) morreu nessa quinta-feira (7/11), em uma clínica de reabilitação de Planaltina (DF). Ele havia sido resgatado três dias antes, ainda grogue, mas sem ferimentos.

A vítima havia feito uma dívida de R$ 30 mil na boca de fumo controlada pelos criminosos que o sequestraram. Agora, a PCDF espera o resultado de laudos do IML para confirmar se a morte do homem está ligada ao fato dele ter sido severamente dopado por mais de uma semana.

O caso começou a ser investigado quando uma mulher registrou ocorrência na 38ª DP após seu carro ser furtado. A vítima suspeitava que o furto teria sido cometido por seu ex-companheiro, um empresário usuário de drogas. O homem teria a chave reserva do carro em seu poder e, assim, teria levado o veículo com facilidade.

No entanto, a dona do carro começou a receber ameaças de desconhecidos por meio de ligações. Os criminosos afirmavam que estavam com o veículo e com o empresário em cativeiro após ele entregar o automóvel, como forma de pagamento, em uma boca de fumo. Com o aumento das ameaças, os autores exigiram que a vítima transferisse a posse do carro ou pagasse R$ 30 mil, alegando que a vida de seu ex-companheiro estava em risco caso a dívida de drogas não fosse quitada.

Veja veículo que estava em poder dos traficantes:

Cativeiro estourado

Desesperada, a vítima voltou à delegacia, o que levou os policiais a tomarem medidas imediatas. Um dos autores enviou uma localização à vítima, que fingiu concordar em pagar a dívida deixada pelo empresário. Os policiais foram ao local indicado, um hotel na CSC 8, em Taguatinga Sul, conhecido como ponto de tráfico de drogas.

Lá, encontraram o veículo em posse dos traficantes e localizaram a vítima visivelmente sob efeito de medicamentos. Ele relatou que havia sido mantido trancado em um quarto, sendo dopado constantemente com Clonazepam e agredido pelos autores, desde a última segunda-feira (28/11).

Além disso, contou que foi levado a um cartório em Samambaia para assinar uma procuração de transferência do veículo, sob ameaça de que só seria liberado após a assinatura ou o pagamento de R$ 30 mil. Durante a operação, os policiais apreenderam facas, celulares e drogas, como crack.

Os três autores foram presos em flagrante. O empresário reconheceu os suspeitos como os responsáveis por sua extorsão, explicando que, inicialmente, eles forneciam drogas a ele, mas depois passaram a mantê-lo em cativeiro e a agredi-lo. Os presos responderão pelos crimes de extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas, podendo enfrentar penas de até 30 anos de prisão, se condenados.

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