As investigações referentes ao surto infeccioso no mutirão de catarata realizado na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, na cidade de Parelhas (RN), foram concluídas pelo município. O inquérito aponta “graves falhas” nos protocolos de higiene, esterilização e boas práticas do centro cirúrgico.
Nas irregularidades observadas, pode-se citar a higienização inadequada do centro cirúrgico e a ausência de protocolos de limpeza, que colabora com a proliferação de bactérias como a Enterobacter cloacae, que provocou a infecção ocular de endoftalmite em 15 pacientes.
A clínica Oculare Oftalmologia Avançada, responsável pelos procedimentos, também poderá ser responsabilizada por falhas no transporte inadequado de instrumentos cirúrgicos e na esterilização dos materiais.
Segundo a prefeitura de Parelhas, o documento também considerou a conduta dos profissionais de saúde, como o não cumprimento das boas práticas de higiene e a falta de supervisão adequada do médico responsável, como agravantes do caso.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, ao CAOP Saúde, à Suvisa/RN e ao Juízo de Direito da Comarca da cidade.
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Relembre o caso
Subiu para dez o número de pacientes que perderam o globo ocular após terem realizado cirurgias de cataratas em um mutirão de catarata promovido pela Prefeitura de Parelhas no dia 27 de setembro.
Entre os 20 procedimentos cirúrgicos realizados na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, 15 pacientes apresentaram sintomas de endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.
Destes, dez perderam o globo ocular, quatro precisaram passar por vitrectomia, que se trata de uma cirurgia para retirada de líquido presente no olho, e um segue em acompanhamento.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Graves falhas”, diz inquérito sobre mutirão da catarata que fez 10 pessoas perderem os olhos no site CNN Brasil.
