Alvo da Operação Predador, deflagrada na tarde dessa quinta-feira (24/10), o ex-suplente de senador Wilmar Lacerda (PT) foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele é investigado por suposto crime de violência sexual.
Também ex-secretário de Administração do Distrito Federal, o político assumia a função do vice-presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT-DF), mas foi afastado das funções, segundo a sigla.
A investigação do caso é conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Nesta sexta-feira (25/10), a Justiça do Distrito Federal manteve a prisão do político, durante audiência de custódia.
Por meio de nota, o PT-DF informou que Wilmar Lacerda “está afastado cautelarmente do partido, até que se esclareçam os graves fatos noticiados pela imprensa na noite de 24 de outubro, garantindo a ele o exercício do direito de defesa nas instâncias competentes”. O texto é assinado pelo presidente da sigla no Distrito Federal, Jacy Afonso.
Em 2017, Lacerda foi indiciado por outra ocorrência. À época, era suspeito de ter oferecido lanches a uma jovem de 17 anos em troca de sexo e se tornou investigado pelo crime de favorecimento à prostituição de menor de idade.
À época, Lacerda era suplente do então senador Cristovam Buarque. O petista seria alçado ao cargo no Senado, mas o titular suspendeu o processo de licenciamento do cargo e permaneceu na função após o Metrópoles denunciar o caso naquele ano.
Em 2017, Wilmar também era também chefe de gabinete da liderança do Partido dos Trabalhadores no Senado e chegava a se apresentar como parlamentar. No WhatsApp, um grupo batizado de “Amigos de Wilmar Lacerda” mudou, inclusive, o nome para “Senador Wilmar Lacerda”.
A reportagem tenta localizar a defesa de Wilmar Lacerda. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
