Em sua primeira viagem de campanha para a sucessão da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) defendeu a independência do Legislativo e seguiu o mesmo roteiro de ex-presidentes da Casa.
Motta esteve em Campo Grande (MS), nesta quarta-feira (23), e foi recebido na sede provisória do governo do estado, pelo governador Eduardo Riedel (PSDB).
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Candidatos vitoriosos na disputa pelo comando da Câmara já haviam percorrido esse mesmo itinerário em suas campanhas. Foi o caso, por exemplo, de Eduardo Cunha em 2014.
Tido como algoz da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e próximo de Hugo Motta, Cunha começou também por Mato Grosso do Sul as conversas com parlamentares para chefiar a Câmara. Ele foi recebido pelo então governador do estado, André Puccinelli (MDB).
De acordo com veículos locais, a independência do legislativo foi uma das pautas encampadas por Cunha à época.
Segundo a assessoria de Hugo Motta, outros presidentes da Câmara — como Rodrigo Maia e Arlindo Chinaglia — começaram igualmente pelo estado suas campanhas.
Nesta quarta, no encontro com Motta, compareceram os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul. Parlamentares do PT ao PL sentaram à mesa para ouvir as propostas do candidato.
As duas senadoras, Tereza Cristina (PP-MS) e Soraya Thronicke (Podemos-MS), também foram à reunião.
O único integrante ausente da bancada do Mato Grosso do Sul no Legislativo foi o senador Nelsinho Trad (PSD). A legenda de Trad tem como candidato à presidência da Câmara, o deputado Antonio Brito (PSD-BA).
Demandas de MS
Durante o encontro, todos os deputados expuseram as demandas. Do lado da oposição, os parlamentares reforçaram a importância de pautas que limitem o que definem como interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) no Legislativo.
Motta ainda foi questionado sobre a posição sobre o marco temporal.
O candidato evitou se comprometer com pautas específicas, mas disse aos parlamentares presentes que pretende fazer uma gestão que “valorize” o trabalho dos deputados.
O líder do Republicanos também fez afagos para todos os espectros políticos quando disse que tanto a pauta do meio ambiente, quanto a pauta do agronegócio são importantes.
Mato Grosso do Sul tem como principal setor econômico a produção agropecuária. O estado também concentra 65% do Pantanal.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Em primeira viagem, Hugo Motta promete independência da Câmara no site CNN Brasil.