A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apresentou o balanço da 1ª fase da Operação Rastreamento Final nesta quarta-feira (23/10), no Edifício-Sede da Delegacia-Geral. Realizada na primeira quinzena do mês de outubro deste ano, a fase resultou na recuperação de 184 aparelhos, que foram restituídos aos legítimos donos durante a manhã.
O bancário Ricardo Silva estava entre as vítimas que conseguiram ter o celular de volta. Ele foi assaltado em janeiro de 2022, ao sair da casa de uma amiga no centro de Taguatinga. “Estava esperando um carro de aplicativo quando me um homem me assaltou com uma faca. Fui até à 11ª DP e registrei o B.O. Agora, dois anos depois, recebi essa surpresa. Uma boa surpresa!”
A nova operação visa combater os crimes de roubo furto e receptação e, como consequência, recuperar os celulares. O trabalho era realizado, mas de maneira descentralizada, com cada delegacia trabalhando por conta própria. Apesar disso, mais de 12 mil aparelhos foram recuperados entre janeiro de 2021 até agosto de 2024.
Com a ação iniciada em outubro, a atuação da divisão da inteligência e delegaciais circunscricionais são padronizadas. Além disso, é intensificada a atuação da PCDF nos comércios irregulares de aparelhos e grandes receptadores.
O delegado-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, explica que a operação não se encerra na devolução dos aparelhos.”Nós iremos alcançar os fraudadores, os receptadores e as organizações criminosas que se aproveitam de aglomerações para subtraírem os aparelhos. Contem com a polícia e não deixem de nos procurar em qualquer situação.”
A PCDF possui ferramentas que permitem identificar onde aquele aparelho é utilizado depois do furto ou roubo. Dependendo da situação, quem portar o aparelho pode responder por receptação. As denúncias podem ser feitas presencialmente ou de forma online. Em ambos, o processo é o mesmo: um inquérito é instaurado para localizar o aparelho.
“A gente sabe que o celular é muito importante na vida da gente. Às vezes, é o que nos conecta a família, ao trabalho e aos amigos. É quase uma extensao do nosso corpo. Trabalhamos firme para reestabelecer a confiança e segurança de vocês. Essa restituicao é um símbolo do nosso trabalho”, afirma o Diretor do Departamento de Inteligência, Saulo Ribeiro Lopes.
Como comprovar ser proprietário do aparelho e evitar perdas
Entre as vítimas que recuperaram o celular, estava Emily Aguiar, 23 anos, que foi assaltada há cerca de sete meses. Ela saía de uma festa, na Estrutural, quando foi abordada por um homem com uma faca. O criminoso levou o aparelho e no próximo a jovem foi até a 8ª DP.
“Eu só tive que levar as provas de que o celular era meu. Levei a caixinha e a nota fiscal. Não esperava que ia conseguir o celular de volta, mas deu tudo certo”, conta.
A nota fiscal e a emabalagem são algumas da formas de comprovar ser proprietário de um aparelho roubado ou furtado. Informar o número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (Imei) é outra maneira aceita pela PCDF. Além disso, checar o Imei antes de comprar um novo celular é importante para saber se o produto é fruto de um crime ou não.
Para achar o número de Imei do celular, o consumidor pode procurar na caixa do celular, buscá-lo em um adesivo que fica atrás da bateria ou digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar. É possível consultar a situação do identificador através do site do gov.br.
“Qualquer um de nós está sujeito a um furto de celular. Temos que fazer a nossa parte e dificultar a vida do bandido. Não dar chance para o azar”, afirma o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar.
Entre as orientações da PCDF para evitar a perda do celular, estão:
Não compre o celular sem procedência;
Salve o número do Imei do seu celular;
Ative o serviço de geolocalização do celular;
Mantenha o celular em local seguro quando em público;
Crie senhas para desbloqueio inicial do celular;
Em caso de roubo, furto ou perda, avise imediatamente as instiuições financeiras com as quais mantém relacionamento e faça um boletim de ocorrência.
O secretário ainda alerou aos danos de comprar um aparelho roubado. “É importante avisar que aquele que compra aparelho sem nota fiscal, a preços abaixo do normal, com altos indícios de que o aparelho foi furtado, não faça isso. Você pode ser condenado pelo crime de receptação culposa.”
