Início POLÍTICA CCJ do Senado aprova plano de trabalho sobre projeto de regulamentação da...

CCJ do Senado aprova plano de trabalho sobre projeto de regulamentação da reforma tributária

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (23), o plano de trabalho do senador Eduardo Braga (MDB-AM) para a análise do primeiro projeto que regulamenta a reforma tributária. O relator prevê a votação do texto no colegiado para o final de novembro.

Também foram aprovados dois requerimentos de debates temáticos no plenário para ouvir governadores e representantes dos municípios sobre os impactos da regulamentação, conforme um pedido feito pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Leia Mais

Lira avalia pautar PL da Anistia antes de deixar presidência da Câmara, dizem fontes

Lula assina MP que destina R$ 5 bilhões para ações de adaptação às mudanças climáticas

Ministério Público defende punição maior a presos flagrados com drogas e álcool

Como a CNN mostrou, Braga propôs a realização de onze audiências públicas entre os dias 29 de outubro e 14 de novembro, sobre temas como imposto seletivo, impactos da reforma na saúde e no setor produtivo e as regras de transição.

O relator espera que, depois de passar pela CCJ, a análise no plenário comece no início de dezembro. A última audiência pública está prevista para 14 de novembro, mas Braga afirmou que precisará de ao menos uma semana para a elaboração do relatório e negociações com o Executivo e a Câmara dos Deputados.

“O que estou imaginando é que teremos pelo menos uma semana inteira para se dedicar à elaboração do relatório. Lembrando sempre que este relatório, diferentemente do anterior, nós teremos que obrigatoriamente buscar um consenso com a Câmara dos Deputados previamente, sob pena de toda e qualquer contribuição que o Senado fizer não ser acolhida pela Câmara e que sequer chegue até o Executivo”, declarou.

A proposta recebeu mais de 1.400 emendas e deve sofrer alterações, por isso precisará retornar para análise dos deputados. A Câmara aprovou o projeto em julho deste ano.

Na reunião desta quarta-feira, os senadores Izalci Lucas (PL-DF) e Efraim Filho (União-PB) defenderam que a proposta também seja analisada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), colegiado onde um grupo de trabalho realizou uma série de debates sobre a proposta entre agosto e outubro. O governo, no entanto, tem pressa para a aprovação do projeto e é contra incluir mais uma etapa na tramitação com a análise na CAE.

“A CAE, em nenhum momento, está sendo excluída do debate e, em nenhum momento, está sendo excluída das contribuições para este relator”, afirmou Braga. Segundo o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), a decisão sobre a análise na CAE cabe ao presidente da Casa.

Plano de trabalho

O relator sugeriu debates sobre: os novos tributos criados pela reforma; o impacto no setor produtivo, de saúde, de infraestrutura e na área social; os regimes específicos de forma geral e de forma específica sobre serviços financeiros; o Simples Nacional e a Zona Franca de Manaus; o novo Imposto Seletivo; e as regras de transição da reforma.

Entre os convidados sugeridos por Braga para participar das audiências, estão secretários do Ministério da Fazenda, como Dario Durigan, secretário-executivo, e Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária, além de representantes de diversos setores produtivos.

O projeto regulamenta os novos impostos que foram criados pela reforma – o Imposto sobre Bens e Serviços, a Contribuição sobre Bens e Serviços e o Imposto Seletivo – para substituir tributos cobrados atualmente.

A alíquota geral da reforma tributária, composta pela soma do IBS e da CBS, é estimada em 26,5% pelo governo. Segundo Braga, a cobrança tende a diminuir ao longo do tempo conforme diminua a sonegação de impostos.

“Essa alíquota padrão precisará ser avaliada ao longo do tempo em relação à redução de sonegação que acontecerá, caso a reforma tributária seja eficiente no combate à sonegação. Ora, o Brasil tem um alto nível de sonegação, um alto nível de judicialização do contencioso tributário no Brasil. Tudo isso impacta para menos a arrecadação da União, dos estados e dos municípios e acaba pressionando para cima a alíquota”, declarou.

 

Saiba como conseguir e para que serve a Certidão de Quitação Eleitoral

Este conteúdo foi originalmente publicado em CCJ do Senado aprova plano de trabalho sobre projeto de regulamentação da reforma tributária no site CNN Brasil.

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Publicidade

Most Popular

Recent Comments