A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 225 pessoas por participação nos ataques criminosos contras as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Essa é a sexta leva de denúncias, e o total de denunciados chegou a 479, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O pedido desta segunda-feira (30) foi assinado por Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República.
Segundo o anúncio, essas pessoas foram detidas no acampamento que havia sido montado em frente ao quartel general do Exército em Brasília, estando presas preventivamente.
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As acusações incluem associação criminosa e incitação ao crime contra os Poderes Constitucionais. Além disso, pedem os crimes sejam considerados “de forma autônoma”, ou seja, as penas possam ser somadas, e que seja paga indenização.
Entretanto, o subprocurador-geral ressalta que os atos cometidos não se enquadram na tipificação criminal de terrorismo, pois, segundo explicou citando a lei, essa prática estaria relacionada a “xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião”, e não razões políticas.
Ele pontua que o acampamento mostrava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” de manifestantes que “defendiam a tomada do poder”.
*em atualização
*publicado por Tiago Tortella, da CNN
Este conteúdo foi originalmente publicado em Mais 225 pessoas são denunciadas por participação nos ataques em Brasília no site CNN Brasil.