A cada 16 segundos, um golpe de estelionato é cometido no Brasil, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira (18). Foram quase 2 milhões de casos registrados em 2023, alta de 8,2% em relação ao ano anterior.
Esse tipo de ilícito tem crescido desde 2018 (alta de 360% em cinco anos), mas foi durante a pandemia de Covid-19 que a modalidade se tornou mais recorrente do que os crimes de rua, que tiveram queda de 10,8% de 2022 para 2023. Foram 870.320 casos como roubos patrimoniais, ante 1.965.353 golpes de estelionato no ano passado.
A exemplo de outros crimes, a dinâmica é bastante diversa no território brasileiro, com estados registrando quedas superiores a dois dígitos – Amapá (redução de 16,8%) e Sergipe (-10%) – a outros com alta expressiva.
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A maior elevação dos registros de estelionato ocorreu em São Paulo, estado mais rico da federação, com aumento de 22,7% e mais de 750 mil ocorrências.
O Anuário traz listas separadas entre casos de estelionato convencionais e os cometidos por crime eletrônico, quando as polícias estaduais fazem essa diferenciação – apenas cinco não têm esses dados discriminados, mas essa lista inclui dois dos três mais populosas, São Paulo e Rio de Janeiro. Nessa modalidade, a alta nacional foi de 13,6%.
Nos casos de crimes de rua, as maiores reduções foram registradas nos roubos a estabelecimentos comerciais (queda de 18,8%), residenciais (17,3%), transeuntes (13,8%), carga (13,2%), veículos (12,4%) e celulares (10,1%).
Especificamente sobre os telefones móveis, o Anuário destaca uma inédita inversão de modalidade preferida dos bandidos, com maior número de casos de furtos – quando o bem é subtraído sem uso de violência – em comparação ao de roubos dos aparelhos.
Ainda assim, estima-se que quase 1 milhão de celulares foram furtados ou roubados em todo o Brasil em 2023.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Com menos crimes de rua, Brasil registra 1 estelionato a cada 16 segundos no site CNN Brasil.