Início BRASÍLIA E SUAS CIDADES SATÉLITES Presidente do Metrô-DF sobre incêndios: “Fatalidade está escondida”

Presidente do Metrô-DF sobre incêndios: “Fatalidade está escondida”

Apesar de ter passado por todas as manutenções necessárias, um trem da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF) pegou fogo na noite desse sábado (13/7). Handerson Cabral, diretor-presidente do órgão, garante a segurança do transporte mesmo assim: “100% da nossa frota está com a manutenção 100% em dia. Então, a fatalidade está escondida num lugar que a gente não consegue ver”.

O veículo que passou pelo incidente fazia parte dos primeiros modelos entregues pela fabricante ao sistema e tinha entre 27 e 30 anos de operação. O Metrô-DF garantiu que o trem podia ser usado e estava com a manutenção totalmente em dia, assim como o resto da frota utilizada na capital federal.

“Esse trem que foi incendiado é da série 1000, que faz parte do conjunto dos primeiros 20 trens que foram entregues logo no início do funcionamento do metrô. O trem de janeiro, que também teve um dos seus carros incendiados, também é um trem da série 1000”, disse Cabral.

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Veja como ficou o vagão de trem que pegou fogo no Metrô-DF

Material obtido pelo Metrópoles

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Trem havia saído da Estação Central há pouco tempo

CBMDF/Divulgação

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Veja como ficou o vagão de trem que pegou fogo no Metrô-DF

Material obtido pelo Metrópoles

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Bombeiros mantiveram as chamas em um só vagão e neutralizaram o incêndio em seguida

CBMDF/Divulgação

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CBMDF enviou cinco viaturas para o combate

CBMDF/Divulgação

Em média, os vagões desse tipo possuem uma vida útil de 45 anos. O diretor da companhia afirmou que mantém contato com a fabricante dos veículos e planeja que seja uma inspeção mais detalhada seja feita com o objetivo de determinar, eventualmente, um novo programa de manutenção ou reabilitação.

“Para que a gente possa primeiro identificar se é um componente, se é algum sistema que tem causado esse tipo de incidente. Identificado essa causa, a gente planejar juntamente com o fabricante uma substituição de peças, componentes, modernização”, alega. Ele também aponta que não houve risco para os usuários nas ocorrências de incêndio. Atualmente, a companhia gasta cerca de R$ 150 milhões com a manutenção dos veículos e das linhas utilizadas.

Incêndio na Asa Sul

O Metrô-DF esclareceu que o trem apresentou falha na Estação 110 Sul e foi evacuado. Ao chegar à Estação 114 Sul, enquanto levava o veículo vazio para a estação de manutenção, o piloto percebeu ainda sinais de fumaça, e a via foi desenergizada. Foi constatado o início de um foco de incêndio em um dos vagões.

“Naquele momento nós fechamos toda a operação do metrô dentro da Asa Sul porque o trem estava parado lá na estação 114. Ainda tinha uma presença de fumaça no túnel e precisava ser eliminada em função dos sistemas de exaustão que funcionam. Nós precisávamos também recolher aquele trem que estava parado na plataforma para trazer ele aqui para a área de manutenção”, conta o presidente do Metrô-DF.

Imagens que circulam nas redes sociais exibem uma nuvem de fumaça ao redor da Estação 114 Sul. O Metrópoles obteve imagens de como ficou o vagão de trem que pegou fogo.

Veja:

De acordo com o Metrô-DF, ninguém se feriu. A circulação seguiu interrompida até as 22h, quando o sistema foi totalmente normalizado.

O CBMDF foi acionado para combater as chamas, evitando que o fogo se espalhasse para mais de um vagão. A perícia de incêndio da corporação vai investigar as possíveis causas do incêndio. Haverá também uma análise da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O veículo que pegou fogo ontem voltará a ser utilizado em 30 dias, sem prejuízos para a frota que vai usar um trem reserva para substitui-lo.

“Nós estamos avaliando uma alteração dentro desse procedimento. Se houve um sinal de fumaça, como aconteceu em janeiro e como aconteceu ontem, o trem não só será desenergizado. O trem todo será desligado e ele vai permanecer na linha onde é que ele estiver, seja na estação, seja em situação de manobra, para que a equipe de manutenção possa ir até o trem, fazer uma avaliação mais profunda e autorizar, então, a retirada do trem do local”, expõe Cabral.

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