Os dois empresários alvos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tiveram documentos, celulares e computadores apreendidos por equipes da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) durante a deflagração da terceira fase da Operação Colombo, nesta quinta-feira (13/6).
Ambos teriam pagado quantias em dinheiro para serem beneficiados e alugarem tendas, estruturas metálicas e equipamentos de som e iluminação para eventos realizados em Brazlândia.
A PCDF não confirma, mas a coluna apurou que os empresários são Marcelo Pereira da Silva, conhecido como Marcelo Radical, e João Paulo de Araújo. Os dois são vistos com frequência nos eventos realizados na região. O ex-administrador da cidade Marcelo Gonçalves da Cunha, também investigado, teria recebido dinheiro das empresas por meio de contas em nome de laranjas.
A apuração da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) apontou que, em 2022, Cunha, que também deixou o cargo o chefe de gabinete do deputado distrital Iolando (MDB) após o escândalo, recebeu valores de Marcelo Radical e João Paulo, que locaram tendas, estruturas metálicas e equipamentos de som e iluminação para três grandes eventos ocorridos na região. Os dois últimos tiveram computadores e celulares apreendidos.
Operação Colombo
A coluna apurou que os eventos sob suspeita são o Aniversário de Brazlândia – 89 anos: que ocorreu de 2 de junho a 2 de julho de 2022; a Festa do Morango – 26ª edição, feita de 2 a 11 setembro de 2022; e o Réveillon de 2022, de 28 a 31 de dezembro daquele ano.
Os mandados de busca foram expedidos pelo juiz da Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Brazlândia e cumpridos em Samambaia, Vicente Pires e Cidade Ocidental, no Entorno do DF.
O ex-administrador foi alvo de mandado de busca na primeira fase da Operação Colombo, deflagrada em 14 de maio deste ano. A investigação apontou que o suspeito negociou, no ano passado, um terreno da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) com um empresário de Brazlândia e, antes de ser alvo da operação, negociava outro lote público com uma rede de supermercados.
A reportagem não localizou os empresários nem o ex-administrador. O espaço segue aberto.