A Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), realizou uma operação para investigar denúncias de atividade garimpeira ilegal na cidade de Maués, no sul do Amazonas, e resgatar trabalhadores em situação análoga à escravidão.
As equipes foram o local e constataram, nesta segunda-feira (29), a presença de mais de 70 garimpeiros trabalhando em condições degradantes e equiparadas à escravidão. A Operação Mineração Obscura foi iniciada na última sexta-feira (26).
De acordo com as investigações da PF, o local é um dos garimpos mais lucrativos de toda a América Latina, com uma produção diária superior a 6 quilos de ouro.
Segundo a PF, o garimpo é realizado na modalidade de poço, onde os trabalhadores operam de forma subterrânea, sem qualquer equipamento de proteção individual.
Além disso, foi identificada a prática de “servidão por dívida”, que é quando os trabalhadores trabalham para pagar uma dívida inatingível, evidenciando a exploração desumana dos trabalhadores.
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“Essa ação conjunta visa não apenas coibir atividades ilegais, mas também proteger os direitos dos trabalhadores e preservar o meio ambiente. Os responsáveis pelo garimpo ilegal serão responsabilizados perante a lei, enquanto medidas serão tomadas para garantir o resgate e a assistência adequada aos trabalhadores encontrados em situação de vulnerabilidade”, diz a PF.
A operação continua até sexta-feira (3), data em que será divulgado balanço das ações da Polícia Federal na região.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Operação resgata 70 pessoas em situação análoga à escravidão em garimpo ilegal no site CNN Brasil.
