Gestores das unidades de ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal reuniram-se, nessa quinta-feira (27), para dialogar sobre o programa SuperAção para o ano de 2025. A política visa atender 100% dos estudantes, do 3º ao 8º anos do ensino fundamental, que estão em situação de incompatibilidade idade/ano.
Gestores das unidades de ensino fundamental reuniram-se para debater as metas do programa SuperAção para 2025; programa visa atender estudantes que estão em situação de incompatibilidade idade/ano | Fotos: André Amendoeira/SEEDF
O programa SuperAção tem como objetivo reconstruir trajetórias escolares dos estudantes em situação de incompatibilidade idade/ano, fortalecendo a cultura de enfrentamento ao fracasso escolar, muitas vezes relacionado a fatores pessoais, sociais e psicológicos.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância de devolver autoestima e dignidade aos alunos com o resgate da educação: “Nós queremos que o Distrito Federal seja um território livre do analfabetismo adulto, porque quando você deixa a escola na idade da aprendizagem, é mais difícil voltar depois. Então, buscamos resgatar esses estudantes, dando a eles uma dignidade, um futuro melhor, com novos horizontes e oportunidades”.
O programa é destinado a estudantes da rede pública, entre 10 e 15 anos, com até dois anos de defasagem escolar e que estejam em transição para a fase da adolescência, na qual ocorre intensa mudança corporal, psicológica, social e emocional. É o caso da ex-estudante do CEF do Bosque, em São Sebastião, Emanuele Sena, de 15 anos, que participou do programa e hoje é extremamente agradecida pela oportunidade.
“Os professores me acompanharam durante todo esse processo; eu me senti acolhida, senti que poderia continuar sem medo. Isso me motivou muito a terminar a escola, porque eu pensava que não iria terminar”, contou.
O programa atende 100% dos alunos em todas as escolas. Os gestores recebem orientações e treinamentos para identificar jovens elegíveis ao programa. “O estudante participante do SuperAção terá uma organização curricular e uma escuta diferenciada. Dessa forma, ele é motivado a aprender e tem a autoestima recuperada, reconectando-se com as aprendizagens”, explicou a gerente de Atenção às Aprendizagens da Diretoria do Ensino Fundamental da SEEDF, Fabíola Gonzaga.
A estudante Emanuele Silva (esquerda) compartilharam sua vivência com o programa SuperAção: “Eu me senti acolhida, senti que poderia continuar sem medo. Isso me motivou muito a terminar a escola”
As expectativas para este ano, segundo Fabíola, são de avançar no apoio aos professores, com formações junto à Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape), além de criar um repositório de atividades e projetos para o programa.
A subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, reforçou o papel do programa no resgate de discentes desmotivados. “Muitos desses estudantes estão esperando uma única oportunidade de serem vistos, serem percebidos conforme a sua necessidade, porque muitos são os fatores que fizeram com que eles estivessem nessa situação de incompatibilidade idade/ano”, observou.
*Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
