Início DESTAQUES GDF Saúde adota estratégia complementar para combate à dengue

Saúde adota estratégia complementar para combate à dengue

Como uma estratégia complementar de combate ao Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya –, a Secretaria de Saúde (SES-DF) começou a utilizar um novo inseticida: o BRI-Aedes, que  possui maior potencial de eficácia após a aplicação e pode ser utilizado dentro das residências. Nesta quarta-feira (26), a equipe de Vigilância Ambiental do Paranoá e Itapoã aplicou o insumo em moradias da região.

Uma vez aplicado o produto, moradores precisam aguardar pelo menos 90 minutos para voltar à residência | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde

A casa da empresária Juliana Cardozo, 37, foi uma das protegidas com o novo produto. A aplicação veio após sua filha, Maria Eduarda Cardozo, 13, ter sido diagnosticada com dengue do tipo 3. “Ela ficou empolada, apresentou febre alta, coceira pelo corpo e tornou-se apática”, conta a empresária. “Diante disso, a equipe me explicou que a conduta de combate mais incisiva foi necessária por conta do tipo mais agressivo da doença”.

Por conta do crescimento de casos na região, os agentes de Vigilância Ambiental (Avas) da SES-DF precisaram ir três vezes à residência de Juliana para borrifar inseticida. Na última, utilizaram o BRI-Aedes. A substância é aplicada apenas uma vez e possui eficácia de 90 dias. 

Como funciona

“O novo inseticida busca reduzir o contato entre vetor e humano, criando uma barreira química dentro das casas, e isso mantém um controle efetivo por um período prolongado”

Zeneide Alves Duarte, chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental (Nuval) do Paranoá/Itapoã

Durante a aplicação, os moradores precisam cobrir os móveis e aguardar uma hora após o procedimento para entrar novamente na residência. O BRI-Aedes é capaz de eliminar os mosquitos adultos que pousam nas superfícies onde foi aplicado e repelir a entrada de outros. 

A estratégia é usada de forma complementar ao trabalho de rotina dos Avas – eliminação de possíveis criadouros, como recipientes que acumulam água (pneus, garrafas, vasos de plantas, piscinas sem uso, entre outros), monitoramento e orientações de prevenção durante as visitas.

“O novo inseticida busca reduzir o contato entre vetor e humano, criando uma barreira química dentro das casas, e isso mantém um controle efetivo por um período prolongado”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental (Nuval) do Paranoá/Itapoã, Zeneide Alves Duarte. 

Critérios para aplicação

Do ponto de vista epidemiológico, são priorizados os locais com histórico recente e ou persistente de casos de arboviroses, alta concentração de população vulnerável e áreas com elevado risco de transmissão.

Já do ponto de vista entomológico (estudo de insetos), são levados em consideração a presença de criadouros ativos, elevados índices de infestação predial e locais que favorecem a manutenção ou proliferação de vetores, como depósitos fixos de água e imóveis de difícil acesso.

Ação conjunta

A Secretaria de Saúde reforça a importância do trabalho conjunto com a população para combater os criadouros do Aedes aegypti e doenças transmitidas pelo mosquito.

Principais dicas

⇒ Evite o acúmulo de água em pneus, latas, vasos de plantas e garrafas vazias
⇒  Limpe regularmente a caixa-d’água e mantenha-a fechada
⇒  Verifique as calhas, retirando folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr por elas
⇒ Tampe os ralos e verifique se existem larvas do mosquito transmissor em sua residência. 

*Com informações da Secretaria de Saúde

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