Uma das mulheres identificadas durante a Operação Drops, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) nesta quarta-feira (26/2), é Debora Tomaz de Aquino, conhecida como “Patroa”.
A mulher é uma das chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região e grande fornecedora de ecstasy. Segundo a investigação, ela pagava uma “clínica de ginástica” com drogas.
Natural de Pernambuco, ela atualmente mora na Inglaterra e, nas redes sociais, ostenta viagens para vários países da Europa.
Veja alguns fotos que ela posta nas redes sociais:
Operação Drops
No total, a PCPE cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, além de bloquear contas bancárias nos estados de Pernambuco, São Paulo e Paraná.
A operação visa desarticular uma organização criminosa de traficantes que lavavam dinheiro no município de Ipojuca (PE). Entre os investigados, há integrantes do PCC.
As investigações começaram em 2020, a partir da prisão em flagrante de dois suspeitos em Ipojuca. Eles transportavam drogas sintéticas do município para Tamandaré (PE).
Na ocasião, os policiais apreenderam drogas e celulares dos suspeitos. Por meio da análise do conteúdo dos aparelhos, as informações obtidas permitiram a identificação de outros envolvidos nos crimes.
De acordo com a corporação, o grupo utilizava intermediários para aquisição e distribuição das drogas. Também foi constatado indícios de lavagem de dinheiro.
Sete mulheres fazem parte da organização. A PCPE também apurou que um outro investigado atuava como entregador em uma plataforma de vendas online. Ele realizava a distribuição de drogas ilícitas durante as entregas.
Confira as drogas comercializadas na “tabela de drops”:
A palavra “drops” deriva do inglês “drop”, significando “pingo ou gota”. O termo é alusivo ao LSD, em razão de uma das formas de apresentação ser líquida. Drops também faz alusão a bala ou doce, referindo-se a entorpecentes como ecstasy, MDMA, entre outros.
- LSD;
- MDMA;
- Ecstasy;
- Maconha;
- Cocaína;
- Skunk.
A corporação ressaltou que em maio deste ano, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas recebeu pacientes que apresentavam severos sintomas de descontrole emocional e alucinações, ocasionados pelo consumo de substância entorpecente sintética, provavelmente pertencente à categoria das denominadas “drogas K”.
As informações obtidas pela equipe de investigação indicaram que os indivíduos teriam consumido tais entorpecentes durante uma festa.
A organização criminosa movimentou cerca de R$ 15 milhões entre 2019 e 2024. Nesse sentido, com base nas investigações, foi determinado pelo Juízo da Vara Criminal de Ipojuca o sequestro de ativos financeiros no valor solidário superior a R$ 5 milhões.