“Eu sabia que ela era má”, foi o que disse Zeli dos Anjos, sogra de Deise Moura dos Anjos, suspeita de matar quatro pessoas envenenadas com arsênio, em Torres, no Rio Grande do Sul. Na última semana, Deise foi encontrada morta na cela da prisão onde estava.
Zeli, que sobreviveu ao veneno, falou pelo primeira vez em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (16).
“Eu não tenho nem pena, nem raiva, nem ódio, nem sei que tipo de sentimento. Mas, quando eu penso que ela tirou as quatro pessoas mais importantes da minha vida…”, disse a dona de casa.
A sogra de Deise afirmou, durante a entrevista, não achar que a suspeita chegaria a tal ponto. “Eu sabia que ela era má, que ela fazia maldades, mas nunca que fosse chegar a um nível desses”, contou Zeli.
Relembre o caso
Os crimes teriam ocorrido em setembro e dezembro de 2024. Na quinta-feira (13), a principal suspeita dos crimes, Deise Moura dos Anjos, foi encontrada morta dentro da cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
A investigações apuram o envenenamento de Neuza dos Anjos, Maida da Silva e Tatiana Denize, que morreram. Além delas, Zeli dos Anjos, sogra de Deise, e Matheus, uma criança de 10 anos, sobreviveram ao envenenamento e a polícia apura a tentativa de homicídio contra os dois.
Com o andamento dos trabalhos, foi solicitada a exumação do sogro da suspeita, Paulo Luiz dos Anjos, em janeiro de 2025. “Eu não quis acreditar em várias pessoas que me falavam: ‘Faz o exame nele, faz o exame nele’. E eu achei impossível”, afirmou Zeli.
Em setembro de 2024, por uma suposta intoxicação alimentar, ele morreu. A Polícia exumou o corpo e concluiu haver presença de arsênio na vítima, desencadeando um segundo inquérito.
Mesmo com a morte da principal suspeita do caso, os policiais vão seguir com os trabalhos para “esclarecer todos os elementos e detalhes que envolvem este fato”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolo envenenado: sogra diz que sabia que Deise “era má” no site CNN Brasil.