O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quarta-feira (29) que o governo federal e a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília decidiram criar um grupo de trabalho para trocar coordenar os voos de retorno dos brasileiros deportados.
Conforme a CNN antecipou, a decisão ocorreu durante reunião realizada nesta quarta. Segundo o Palácio Itamaraty, o objetivo do grupo é “trocar informações e aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros, garantindo a segurança e o tratamento digno e respeitoso dos passageiros”.
O Itamaraty tem dialogado com a embaixada norte-americana no Brasil desde o início da semana, após o primeiro voo pousar com 88 brasileiros deportados na última sexta-feira (24).
Os brasileiros relataram problemas com alimentação, falhas técnicas na aeronave, maus-tratos e agressões no voo que saiu dos EUA e fez escala em Manaus, antes de seguir para Minas Gerais.
Na terça-feira (28), a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a criação de um posto de acolhimento no aeroporto de Confins para receber os brasileiros deportados.
Próximo voo
Integrantes do governo norte-americano informaram às autoridades brasileiras que o segundo voo com brasileiros deportados desde a posse de Donald Trump está previsto para o dia 7 de fevereiro.
O avião partirá do estado da Louisiana e, assim como ocorreu semana passada, deverá fazer uma escala em Manaus antes de seguir para o destino final, Belo Horizonte.
A viagem com os deportados já estava programada desde o final do ano passado, na gestão de Joe Biden. As autoridades brasileiras ainda não foram informadas sobre o número exato de brasileiros que serão expulsos dos Estados Unidos.
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