Uma manifestação contra o reajuste das tarifas de transporte público na cidade de São Paulo movimentou a região central na tarde de quinta-feira (9). O protesto, que reuniu diversos grupos e movimentos sociais, questionou o aumento das passagens de ônibus, trem e metrô, e reivindica a tarifa zero.
Houve um aumento nas tarifas de transporte em São Paulo. A passagem do transporte sobre trilhos subiu de R$ 5,00 para R$ 5,20, e a do ônibus municipal, de R$ 4,40 para R$ 5,00.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar acompanhou a manifestação, que transcorreu pela região central da capital.
Durante o ato, os manifestantes atearam fogo em cartazes, colocaram fogo em uma catraca e tentaram acessar um terminal de ônibus, sendo impedidos pela ação dos agentes.
A manifestação foi finalizada por volta das 20h30, sem registro de detidos.
O prefeito Ricardo Nunes se manifestou sobre o aumento da tarifa, defendendo a medida e comparando-a com gestões anteriores. Segundo o prefeito, a atual gestão manteve a tarifa sem reajuste por quatro anos, enquanto as gestões de Fernando Haddad e João Doria/Bruno Covas apresentaram aumentos significativos.
Nunes justificou o reajuste atual de 13% devido ao aumento do diesel e da inflação, argumentando que a correção é menor do que a inflação acumulada no período.
“Nós temos hoje uma das menores tarifas da região metropolitana. Tivemos zero aumento durante quatro anos. Agora, tendo em vista o aumento do diesel e a inflação, temos uma correção de 13%, que é menos da metade do que foi a inflação. Lembrando que, com o bilhete, você pode andar em até quatro ônibus, pagando R$ 1,25 por viagem. Temos a melhor tarifa e estamos investindo em mobilidade”, declarou o prefeito.
Diversos grupos participaram da manifestação, a Ares ABC argumentou que o aumento da tarifa dificulta o acesso da juventude a atividades culturais, de lazer, esporte e educação, e defende a estatização do transporte.
O grupo ainda entoou palavras de ordem como “Pula Catraca, Estoura o Tampão, Passe Livre no Busão e no Metrô”.
Já o Correnteza da Universidade de São Paulo (USP) criticou a falta de compromisso do governo estadual com o transporte público e defendeu a tarifa zero e o transporte público gratuito e nas mãos do povo.
O grupo convocou para um novo ato no dia 14 de janeiro, em defesa do passe livre em todo o estado de São Paulo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Manifestantes protestam contra aumento da tarifa do transporte público em SP no site CNN Brasil.