Início BRASÍLIA E SUAS CIDADES SATÉLITES Desembargador do TJDFT se envolve em acidente e se recusa a fazer...

Desembargador do TJDFT se envolve em acidente e se recusa a fazer bafômetro

O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Demétrius Gomes Cavalcanti se envolveu em um acidente de trânsito, na noite desta sexta-feira (21/3), na altura da QL 18, no Lago Sul.

O carro em que ele estava bateu atrás de outro veículo, o que provocou avarias. Ninguém ficou ferido. Segundo relatos de pessoas que presenciaram a cena, o desembargador desceu do automóvel, e uma mulher que o acompanhava assumiu a direção. Ela também apresentava sinais de embriaguez. Nenhum dos dois fez o bafômetro.

Após a troca, conforme relatos recebidos pelo Metrópoles, a Polícia Militar chegou. Demétrius e a pessoa que o acompanhava discutiram com a condutora do outro automóvel. Aos policiais militares a mulher e o desembargador disseram que a motorista do outro carro estava bem e em pé e que não precisavam ir à delegacia.

Durante a abordagem da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Demétrius disse a um dos integrantes da corporação que é desembargador e que só queria “ir para casa”. O diálogo foi filmado. Assista abaixo:

O Metrópoles conversou com a condutora do carro atingido na traseira. Ela não quis se pronunciar, sob o argumento de que tem medo.

Jurisprudência

O Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê pena de detenção de 6 meses a 3 anos, além de multa, para o condutor que for flagrado dirigindo veículo automotor sob influência de álcool. No caso de um cidadão que exerça alto cargo em órgãos públicos, a recusa em atender às ordens das autoridades de trânsito pode, inclusive, resultar em crime de abuso de autoridade.

Porém, no caso de Demétrius, ele não poderia ser preso, pois o Artigo 33, inciso II, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) estabelece que, em crimes afiançáveis, juízes ou desembargadores não podem ser detidos.

Embriaguez ao volante é crime passível de pagamento de fiança e, portanto, Demétrius não poderia ser conduzido coercivamente à delegacia, salvo se a PMDF fizesse comunicação imediata ao presidente do TJDFT. Apenas ele ou o Conselho Especial do TJDF poderiam determinar pela prisão de Demétrius.

O Metrópoles questionou a PMDF e o TJDFT se tal procedimento foi feito, mas até a última atualização deste texto não havia recebido retorno.

O espaço para eventuais manifestações do desembargador Demétrius Gomes também permanece aberto.

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Publicidade

Most Popular

Recent Comments