O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, justificou o pedido de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximar de embaixadas. Em entrevista ao Bastidores CNN desta quinta-feira (20), Farias argumentou que há risco de fuga do ex-presidente.
“O Bolsonaro já falou em fuga várias vezes. Vocês lembram do episódio, numa crise com o Supremo, em que ele vai à Embaixada da Hungria e dorme duas noites na Embaixada da Hungria”, afirmou o deputado.
Farias destacou que a preocupação aumentou devido ao início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nos dias 25 e 26, quando será analisada a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro.
Acusações graves e possível fuga
O líder petista mencionou que o julgamento envolve acusações sérias, incluindo um suposto plano para assassinar autoridades. “Vai estar demonstrado com provas que tinha um plano para assassinar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin”, alegou Farias.
Diante desse cenário, o deputado defendeu que as autoridades do STF devem se precaver sobre a possibilidade de uma fuga planejada do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Seria uma frustração nacional, quando começa o julgamento, ele de alguma forma fugir”, argumentou.
Críticas a Eduardo Bolsonaro
Lindbergh Farias também criticou a recente viagem do deputado Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos, classificando-a como uma “fuga”.
Ele questionou o uso de recursos públicos e o recebimento de salário pelo filho do ex-presidente durante sua ausência no país.
“Ele fugiu, gente, ele não é denunciado, ele não está, não vai ser julgado nesse processo todo de golpe de Estado, não tinha motivo nenhum”, afirmou Farias, referindo-se à saída de Eduardo Bolsonaro do Brasil.
O líder do PT na Câmara concluiu reforçando a importância de monitorar as ações do ex-presidente Bolsonaro e seus aliados, visando garantir que respondam aos processos em andamento na justiça brasileira.
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