O deputado federal e presidente do Republicanos, Marcos Pereira, avaliou que o governo federal perdeu o momento oportuno para realizar uma reforma ministerial mais ampla. Em entrevista ao programa WW da CNN Brasil, Pereira comentou sobre a possibilidade de seu partido aceitar mais uma pasta no governo Lula.
Segundo o parlamentar, não há negociações em curso para novas mudanças no ministério além das três alterações pontuais já realizadas nas pastas das Comunicações, Relações Institucionais e Saúde.
“Eu não estou vendo, pelo menos comigo e nem com membros do meu partido, diálogo para que haja outras mudanças”, afirmou Pereira.
O deputado expressou sua percepção de que uma eventual reforma ministerial mais abrangente pode não ocorrer.
“Eu tenho um sentimento, não tenho informação, não posso afirmar aqui, mas eu tenho um sentimento que essa eventual reforma ministerial não tem muito mais para acontecer não”, declarou.
Timing e impacto político
Pereira argumentou que o governo pode ter perdido o momento ideal para realizar mudanças significativas no ministério. Ele destacou que, com apenas um ano até o prazo para quem pretende disputar as eleições de 2026, o impacto político de novas nomeações seria limitado.
“Talvez perdeu o time, sim, de fazer uma reforma porque há um ano apenas de mudanças para quem vai disputar eleição, todos os que eventualmente aceitarem o Ministério agora e disputarem eleição em 2026 terão que sair no final de março e início de abril do ano que vem”, explicou o presidente do Republicanos.
O parlamentar ressaltou que um curto período no cargo ministerial dificultaria a implementação de políticas efetivas. “E sentar numa cadeira de ministro para ficar um ano, você não vai fazer muita coisa”, pontuou Pereira.
Apesar das considerações sobre o timing da reforma, Pereira reconheceu que o governo tem conseguido aprovar suas principais pautas no Congresso.
“O governo teve sempre governabilidade. Quase tudo que o governo, e pelo menos os mais relevantes pontos que o governo encaminhou ao Congresso, foi aprovado”, concluiu o deputado.
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