Com a troca no comando do Ministério da Saúde, o novo ministro Alexandre Padilha substituiu metade dos secretários da pasta nesta terça-feira (11). Ao todo, o Ministério conta com oito secretarias. Além disso, ele fez mudanças nos cargos de dois integrantes da gestão de Nísia Trindade.
Em nota, a pasta destacou que as nomeações seguem “paridade de gênero nos cargos principais”.
Uma das mudanças ocorreu justamente em um ponto sensível para a queda da ministra: a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SAVS), responsável, dentre outros pontos, pela gestão do cuidado com a dengue no país e gestão das campanhas de vacinação.
No lugar de Ethel Maciel, entra a médica e sanitarista Mariângela Simão, ex-diretora adjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Adriano Massuda será o secretário-executivo do MS. Anteriormente, ele estava à frente da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), responsável pelo programa Mais Acesso a Especialistas, aposta do governo Lula para ser um carro-chefe no Ministério da Saúde, lançado no ano passado, que busca reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Massuda já foi número dois da pasta, em 2011 e 2012, quando Padilha era o ministro da Saúde. Em seu lugar na Saes, entrará o médico Mozart Sales que era assessor especial do ministro na Secretaria de Relações Institucionais.
O secretário de Atenção Primária, o médico Felipe Proenço, foi realocado na chefia da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. Em seu lugar, foi nomeada a médica Ana Luiza Caldas.
A economista e diretora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernanda De Negri, foi escolhida para chefiar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, núcleo responsável pela análise e aplicação de novos tratamentos ao SUS, bem como pelas parcerias públicos e privadas na produção de medicamentos e vacinas, outra aposta de Lula para diminuir a dependência de produtos fabricados fora do país.
Padilha manteve Ana Estela Haddad na Secretaria de Informação e Saúde Digital e Ricardo Weibe Tapeba na Secretaria de Saúde Indígena.
Seguindo a cobrança do presidente Lula por uma marca na gestão da Saúde, Padilha destacou em seu discurso de posse a redução na espera por tratamentos especializados, refletindo a importância do Mais Acesso a Especialistas para o Palácio do Planalto e para o palanque em 2026.
“Chego ao Ministério da Saúde com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas e se agravou com a pandemia e o descaso do governo anterior”, afirmou ele, durante cerimônia realizada nesta segunda-feira (10), no Palácio do Planalto.
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