Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (10), o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, atribuiu a dificuldade em baixar o preço do café às condições de “natureza ambiental”, como geadas e secas.
Questionado sobre as medidas para zerar as tarifas de importação de uma série de alimentos, anunciadas pelo governo federal na semana passada, não serem o suficiente para baixar os preços, Teixeira respondeu:
“O café é um dos produtos resistentes para baixar preço, porque tem um grande problema de natureza ambiental que atinge a lavoura de café. O café passou quatro anos sofrendo com geadas e com seca, falta de água e agora o café também sofreu com quebras no exterior, mas não tem sentido, nesse contexto, você ter medidas sanitárias, que são inexplicáveis e tarifas que são igualmente inexplicáveis para o café”, afirmou o ministro.
De acordo com o governo federal, uma das principais ações será zerar a alíquota de importação de alimentos como a carne, que hoje está em 10,8%. Atualmente, o percentual que incide sob o preço do café encontra-se em 9%, da sardinha, 32%, do açúcar, 14%, e de biscoitos, 16,2%.
A medida faz parte de um pacote de seis ações para reduzir o preço dos alimentos, que deve ser implementada “em poucos dias”, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Paulo Teixeira também destacou que as medidas para diminuir os preços ainda não acabaram, e ressaltou que o valor dos ovos de galinha deve diminuir após a Páscoa.
“Essas tarifas estão dentro de um conjunto de medidas que estão sendo adotadas para a diminuição de preços. Então você pode questionar o efeito de uma ou outra medida, mas o conjunto já tá incidindo para a diminuição dos preços”, disse.
“O conjunto dos produtos está baixando e tem três produtos que ainda resistem, mas, depois da Páscoa, nós vamos ter uma diminuição do preço dos ovos e vamos ter também uma diminuição no conjunto dos preços no Brasil”, afirmou Teixeira.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Café sofre com geada e seca, que afetam preço, diz Paulo Teixeira à CNN no site CNN Brasil.
