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Especialista alerta sobre principais sintomas de asma na infância

Preocupante para os pais e desconfortável para as crianças, a asma é a doença crônica mais comum na infância e uma das principais causas de atendimento em emergências pediátricas. Nos primeiros anos de vida, pode ser confundida com outras doenças respiratórias – por isso, a recomendação é buscar atendimento nas unidades de saúde do Distrito Federal para um correto diagnóstico.

Os sintomas mais comuns da asma incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos) | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF

Com a chegada do período sazonal das doenças respiratórias, muitas crianças têm chegado ao pronto-socorro pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com crises agudas de asma. A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que provoca inchaço e estreitamento, dificultando a respiração. Afeta os pulmões, especificamente os brônquios, responsáveis por conduzir o ar. O estreitamento desses canais pode desencadear crises que, em casos graves, levam à falta de oxigenação dos tecidos e, em situações extremas, ao óbito.

Por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra

“A asma se manifesta de forma heterogênea, mas tem como principal característica a inflamação crônica das vias aéreas. Geralmente, surge nos primeiros anos de vida. O termo asma é mais comumente utilizado a partir dos 6 anos, enquanto antes dessa idade, alguns médicos e autores preferem chamá-la de sibilância ou bronquite”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini.

Os sintomas mais comuns incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos). Além disso, infecções virais respiratórias desempenham um papel fundamental na piora das crises, pois aumentam a hiperreatividade brônquica e o processo inflamatório.

“Outros fatores, como poluição, tabagismo passivo e exposição a alérgenos, também contribuem para o agravamento da doença. Além disso, um histórico familiar de asma é um fator de predisposição”, acrescenta o especialista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, abrangendo todas as faixas etárias. No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas tenham a doença, com alta prevalência entre crianças e adolescentes, chegando a 20% em algumas regiões urbanas.

Segundo Bianchini, por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra. O diagnóstico preciso e o tratamento – tanto para crises agudas quanto para o controle da doença a longo prazo – costumam ser conduzidos pelo pediatra, podendo haver encaminhamento para um pneumologista ou alergista pediátrico, quando necessário.

“As orientações sobre mudanças de hábitos e o uso de medicações específicas para reduzir a frequência e a intensidade das crises devem ser feitas pelo pediatra, com ajustes frequentes conforme a evolução do quadro. O acompanhamento regular da criança é essencial”, conclui o especialista.

*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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