Início BRASÍLIA E SUAS CIDADES SATÉLITES Policial que matou brasiliense em Londres recebe pena mínima

Policial que matou brasiliense em Londres recebe pena mínima

Após dois anos da morte do brasiliense Cristopher de Carvalho Guedes, aos 26 anos, o policial metropolitano de Londres Ian Brotherton, 32 anos, foi condenado a 6 meses de prisão e 18 meses de suspensão (trabalho voluntário). A sentença foi proferida nessa quinta-feira (27/2).

O inglês também foi condenado a 150 horas de trabalho sem remuneração e está proibido de dirigir por 30 meses. Brotherton foi apontado por dirigir em alta velocidade na via e por furar um sinal vermelho, atingindo em cheio o brasiliense. O policial se declarou culpado das acusações.


Relembre o caso:

  • Cristopher de Carvalho Guedes morreu em Londres após ser atingido por um carro de polícia que furou o sinal vermelho.Ele
  • estava na Inglaterra havia um mês e trabalhava como entregador em uma moto quando foi atingido.
  • Ele teve uma costela fraturada e o pulmão perfurado com a colisão.

A sentença é a pena mínima na Inglaterra aplicada a agentes policiais. O resultado da condenação revoltou os familiares de Cristopher.

“É inacreditável e revoltante uma sentença mínima para um acidente no nível que foi, levando um jovem à morte pela imprudência de um policial treinado”, disse a irmã do brasiliense, Thaisa Guedes.

“Ele sabia do sinal vermelho e do cruzamento e estava a mais de 75km/h em uma via de 40 km/h”, alegou.

Os familiares criticaram, ainda, uma falha das autoridades londrinas, que foram informaram errado o horário da audiência. “Era para termos participado da audiência, porém o instituto enviou o e-mail com o horário errado, quando entramos para participar já tinha acabado e só nos foi encaminhado essa decisão”, completou.

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Motocicleta de Cristopher após a colisão

Conhecidos da vítima e moradores da cidade organizaram motociata em homenagem a Cristopher
Cristopher morava no Gama antes de se mudar para Londres
Jovem buscava emprego na Inglaterra
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Brasiliense foi atingido por carro da polícia que furou sinal vermelho

Reprodução/Acervo Pessoal

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Motocicleta de Cristopher após a colisão

Reprodução/Acervo Pessoal

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Conhecidos da vítima e moradores da cidade organizaram motociata em homenagem a Cristopher

Reprodução/Acervo Pessoal

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Cristopher morava no Gama antes de se mudar para Londres

Reprodução/Acervo Pessoal

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Jovem buscava emprego na Inglaterra

Reprodução/Arquivo Pessoal

“O julgamento ocorreu às 11h e encaminharam um link dizendo que o julgamento era às 17h”

O Independent Office for Police Conduct (IOPC), escritório independente que apura a conduta de policiais, concluiu que a morte do brasileiro era uma tragédia evitável.

O órgão destacou que apesar de o policial poder ultrapassar sinais vermelhos e dirigir em velocidade acima da via depende das circunstâncias. “Nunca se justifica se a maneira de dirigir do policial colocar em risco outros usuários da estrada”, disse a diretora do escritório Amanda Rowe.

O inquérito do órgão foi concluído em abril do ano passado e o dossiê com provas – câmeras de segurança no corpo e no carro policial, perícia e relato de testemunhas – foi enviado para Crown Prosecution Service (CPS), ministério público do Reino Unido.

Segundo a defesa da família, não é possível entrar com recurso, já que a justiça inglesa não prevê uma segunda instância para crimes do tipo.

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