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GDF anuncia pavimentação de 34 km da DF-100

O governador Ibaneis Rocha anunciou a pavimentação da DF-100, uma das principais rodovias do Distrito Federal para o escoamento da produção agropecuária. Com investimento aproximado de R$ 70 milhões, a obra, conduzida pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), vai levar asfalto para um trecho de 34,4 km, beneficiando diretamente produtores rurais, trabalhadores do setor e motoristas que vêm das regiões Sudeste e Nordeste.

Conhecida pela grande produção de grãos, a região da DF-100 abriga uma parcela considerável do valor bruto da produção do DF em razão dos commodities agrícolas de milho e soja | Reprodução: Google Maps

“São mais de 700 produtores rurais só nessa região que serão beneficiados com essas obras. Esse é o nosso compromisso. Vamos licitar o mais rápido possível para, em breve, assinar a ordem de serviço e iniciar os trabalhos”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.

“É um sonho realizado porque a gente já ouviu muitas promessas, mas nada se concretizava”

Venilde Cozza Cenci, produtora rural

A rodovia DF-100 é uma região estratégica para a agricultura do Distrito Federal, fazendo a ligação direta com a BR-020 e a BR-251. Por lá, há mais de 700 produtores rurais, em 50 comunidades, responsáveis por grande parte da produção de milho, feijão, ovos férteis, café e soja — que deve alcançar a marca de 380 mil toneladas neste ano. Com a pavimentação, o escoamento da safra se tornará mais ágil e eficiente, reduzindo custos e dando qualidade de vida aos produtores.

“São aproximadamente 50 anos esperando por isso. A rodovia passa em todas as minhas propriedades na região. É um sonho realizado porque a gente já ouviu muitas promessas, mas nada se concretizava”, comemorou a produtora rural Venilde Cozza Cenci, de 66 anos.

De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, a obra vai trazer uma perspectiva de crescimento na região: “Estamos falando de aproximadamente 800 produtores rurais da região e quatro mil pessoas beneficiadas diretamente com essas obras, isso sem contar os motoristas que vêm de fora e vão passar a utilizar a rodovia após a pavimentação. O fluxo vai aumentar e isso inclusive vai potencializar novos negócios na região, gerando mais emprego, renda e benefícios ao produtor rural do DF”.

“Estamos falando de aproximadamente 800 produtores rurais da região e quatro mil pessoas beneficiadas diretamente com essas obras, isso sem contar os motoristas que vêm de fora e vão passar a utilizar a rodovia após a pavimentação”

Rafael Bueno, secretário de Agricultura

Conhecida pela grande produção de grãos, a região da DF-100 abriga uma parcela considerável do valor bruto da produção do DF em razão dos commodities agrícolas de milho e soja. A falta de pavimentação na rodovia impacta diretamente na produtividade dessas culturas, tendo em vista a dificuldade no recebimento de insumos, na colheita e no escoamento. Para a produtora Mariza Stuani, de 66 anos, essa é uma realidade que está prestes a mudar.

“Formosa é a cidade mais próxima que tem peça de reposição para as nossas máquinas. Então, para tudo a gente tem que se deslocar até lá pela DF-100. Nesse trecho sem asfalto é muito ruim porque o carro esfarela. Tem dia que preciso ir para lá até duas vezes buscar peças. Então, o nosso carro não aguenta”, relatou Mariza.

“A gente tem uma alta produção de sementes, mas o caminhão não pode ultrapassar a velocidade de 20 km por hora porque sacode, sobe a poeira e acaba sujando a mercadoria”, complementou a produtora.

De acordo com o superintendente de Obras do DER, Cristiano Cavalcante, para além da obra estrutural, a pavimentação vai facilitar o trajeto de quem atravessa o Distrito Federal rumo às regiões Sudoeste e Nordeste. “Ali faz parte do anel viário, então vai melhorar muito no fluxo de passagem de carga que sai de Goiás em direção à Bahia ou a outro estado do Nordeste sem precisar passar por dentro do DF. A consequência disso é que vai diminuir o fluxo das nossas rodovias urbanas também, como a Epia, que recebe muito esse transporte de carga”, afirma.

Segundo a produtora Leonice Bertollo Wagner, 64 anos, as obras de infraestrutura acompanham o crescimento e a modernização da atividade agrícola na região: “As propriedades estão altamente tecnificadas hoje, com sistemas de irrigação mais modernos, com técnicas de irrigação, com agricultura de precisão, o que fez com que nossa produtividade saltasse. Então, essa pavimentação asfáltica se justifica por aquilo que a gente arrecada”.

Parque Granja do Torto

Parque Granja do Torto terá investimento de cerca de R$ 10 milhões para obras de infraestrutura, com o objetivo de oferecer um ambiente melhor a expositores e investidores | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Com investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, o Parque Granja do Torto também passará por obras de infraestrutura. De acordo com o secretário Rafael Bueno, o objetivo é incentivar a cadeia pecuária no Distrito Federal.

“A gente vai reestruturar o parque e oferecer aos expositores e investidores um ambiente melhor. Sabemos que o DF, por muito tempo, teve uma grande relevância no cenário nacional de genética de bovinos e equinos, e queremos retomar essa posição. Um passo importante para esse objetivo é a reestruturação do Parque da Granja do Torto”, esclarece o secretário Rafael Bueno.

Subsecretaria de Proteção aos Animais de Produção

Na mesma agenda, o chefe do Executivo autorizou a criação da Subsecretaria de Proteção aos Animais de Produção, vinculada à Seagri-DF. O setor ficará responsável pelo resgate e acolhimento de animais de grande porte e, com a descentralização, o objetivo é traçar novas políticas públicas para a causa.

“Essa será uma subsecretaria muito importante, já que no ano passado recolhemos mais de 400 animais de grande porte pelo DF. Com esse braço da secretaria, temos a demonstração de que o GDF se preocupa com os animais, com bem-estar e a segurança da população urbana, já que esses animais podem ser vetores de acidentes e potenciais transmissores de doenças. Agora teremos uma estrutura muito mais robusta para tratar dessa questão”, completou Rafael Bueno.

 

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