A chefe da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma, disse que as duas adolescentes forçadas pela madrasta a se prostituir, no Amazonas, ficaram grávidas. As meninas têm 14 e 16 anos.
A mulher de 40 anos foi presa nessa quinta-feira (20/2), depois que uma das vítimas denunciou o caso. Em depoimento, uma das irmãs disse que a investigada a obrigava a ter encontros com vários homens em troca de dinheiro.
De acordo com Juliana Tuma, a exploração sexual começou há pelo menos cinco anos, quando as vítimas ainda moravam com a madrasta e o pai no município de Borba, no interior do Amazonas. Ao ser levado para a delegacia, o pai negou envolvimento no crime.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas relataram que os programas ocorriam na área portuária da Panair, no centro da capital amazonense. De acordo com os depoimentos, a madrasta cobrava R$ 50 pelos primeiros programas, mas o valor caiu para R$ 30 ao longo do tempo.
Veja foto das buscas feitas na casa da madrasta:
A corporação segue apurando se houve omissão por parte do pai das meninas. As adolescentes foram retiradas da casa do genitor e estão recebendo apoio médico e psicológico, segundo a Polícia Civil.
Durante o cumprimento do mandado de prisão, a madrasta teve o celular apreendido. No aparelho, foram encontrados materiais que comprovam os crimes. A mulher vai responder por favorecimento à prostituição e ameaça.