O deputado Afonso Motta (PDT-RS) pediu nesta terça-feira (18) a exoneração do seu assessor parlamentar Lino Rogério Furtado, que foi alvo da Polícia Federal (PF) e é investigado por participação em um esquema de desvio de emendas.
A CNN teve acesso ao documento sobre a demissão do assessor, que ainda será formalizada em publicação oficial da Câmara dos Deputados até esta quarta-feira (19).
No pedido de exoneração enviado à área de Recursos Humanos da Casa, é detalhado que Lino Rogério deverá devolver o seu crachá, cartão do veículo, chaves do gabinete e ainda livros emprestados da biblioteca da Câmara.
Lino Rogério era secretário parlamentar do deputado desde outubro de 2016. Até o momento, a PF não atribuiu acusações para Afonso Motta. O afastamento de Lino Rogério do cargo havia sido determinado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da demissão, Afonso Motta disse, na quinta-feira (13), acreditar na inocência do seu então assessor e que aguardaria o desenvolvimento das investigações. Naquele dia, a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal contra supostos desvios em emendas parlamentares.
O agora ex-assessor de Motta foi um dos alvos da ação. A PF investiga a atuação de uma organização criminosa que direcionava emendas parlamentares e se apropriava de parte desses recursos públicos.
No caso em análise, as emendas parlamentares foram destinadas ao Hospital Ana Nery, localizado em Santa Cruz do Sul (RS), com a cobrança, segundo a PF, de percentual dos valores repassados.
Além de Lino, também é investigado o diretor administrativo e financeiro da Metroplan, Cliver André Fiegenbalfm. A Metroplan é vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Rio Grande do Sul.
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