A Controladoria Geral da União (CGU) informou que um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) foi instaurado contra a R7 Facilities no dia 23 de janeiro deste ano. Outras duas empresas do Distrito Federal também serão investigadas. O órgão vai averiguar possíveis violações à Lei Anticorrupção e de Licitações. Nesta semana, a R7 também estava envolvida em outra polêmica por demitir funcionários que protestaram contra salários atrasados.
De acordo com a CGU, os atos ilegais teriam ocorrido contratações de serviços terceirizados firmados com órgãos da Administração Pública Federal. As suspeitas recaem sobre provável utilização de declarações com conteúdo falso, combinação em licitações e como utilização de interpostas pessoas (“testa-de-ferro” e “laranja”) no quadro societário das empresas.
Caso confirmado a responsabilização, o processo poderá concluir pela aplicação de sanção monetária de 0,1% a 20% do faturamento bruto do ano de 2024 e publicação extraordinária informando ao público sobre a condenação, bem como restrições de contratar com a Administração Pública.
Empresa demite funcionários
Ao menos oito funcionários, lotados nos ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos (MDH) e da Igualdade Racial (MIR), foram demitidos há cerca de duas semanas. Uma funcionária falou à reportagem que foi pega de surpresa no último dia 15, sendo coagida a assinar carta de demissão.
Dias antes, ela e outros trabalhadores protestaram em frente à sede do MDH e se reuniram com deputados e sindicalistas do DF. “Foi uma punição política”, disse a ex-funcionária, que não será identificada pela reportagem.
“Os funcionários que davam trabalho foram escolhidos para serem demitidos. Por dar trabalho, entenda-se cobrar os direitos.”
O Ministério Público do Trabalho (MPT) investigará as demissões. A Procuradoria-Regional do Trabalho da 10ª Região (PRT-10), que atua na área do DF, já apurava a demora no pagamento das remunerações de funcionários.
Outro lado
Em nota publicada nas redes sociais, a R7 Facilities negou haver desligamento em massa na empresa. “Por fim, enfatizamos que seguimos comprometidos em oferecer o nosso melhor para cada um de nossos colaboradores, clientes e fornecedores”, esclarece.
O Metrópoles tentou contato com a R7 Facilities e representantes da empresa. Até a última atualização desta reportagem, a organização não havia se posicionado.