Mais de 25 mil pessoas visitaram o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), no Núcleo Bandeirante, ao longo de 2024. Segundo os dados do espaço, os meses com maior frequência foram junho e agosto, com 4.006 e 3.163 visitas, respectivamente. Os períodos são conhecidos no local pela programação educativa voltada para estudantes da rede pública e privada.
“O nosso foco do dia a dia são as escolas. Temos um programa educativo muito forte. Também recebemos muitas escolas e faculdades do mundo todo porque há uma curiosidade em conhecer a história da nova capital”, destaca a gerente do MVMC, Eliane Falcão. Os projetos realizados com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também são apontados pela gestora como importantes para o impulsionamento da visitação: “Os eventos apoiados pelo FAC costumam ter um quantitativo maior de público”.
O Museu Vivo da Memória Candanga é conhecido por remontar a história desde antes da construção da nova capital até a inauguração de Brasília, em 1960. Terceiro espaço a ser construído pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), antes de se tornar um museu, o local abrigou o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) para atender a demanda dos candangos. O acervo oficial é composto por edificações e peças históricas.
“O Museu preserva valiosos recortes históricos dos primeiros anos de Brasília, refletindo o esforço e a determinação de milhares de migrantes que, com coragem e trabalho árduo, percorreram quilômetros para edificar a nova capital federal. Este espaço mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa é um ponto de encontro para a memória e a reflexão, sendo também aberto para eventos que conectam a população com a rica história e cultura da cidade, permitindo que todos possam vivenciar e celebrar o legado de nossa construção coletiva”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón.
Uso do espaço
Sob a responsabilidade da Secec-DF, o museu é um espaço cultural disponível para eventos ou oficinas. Para fazer a solicitação de uso, os interessados devem seguir alguns procedimentos, incluindo a assinatura da Secretaria responsável e a verificação de disponibilidade de horário, a fim de evitar conflitos com outras atividades já programadas no museu.
Os interessados devem enviar um e-mail para o endereço eletrônico mvmc@cultura.df.gov.br solicitando o Formulário de Pauta Espontânea, primeiro passo para a solicitação do uso do espaço. As propostas apresentadas devem incluir o projeto do curso, que deve estar vinculado à temática cultural, e será submetido à apreciação da Subsecretaria de Patrimônio Cultural. Não é obrigatório contar com apoio do FAC, nem realizar as atividades nos horários de funcionamento do museu. Como exemplos, alguns cursos em andamento incluem cinema, costura criativa e crochê no lacre.
Para pessoas físicas, é necessário preencher o Formulário de Pauta Espontânea, apresentar documento de identificação com CPF, comprovante de residência e assinar o termo de responsabilidade pelo uso do espaço. No caso de pessoas jurídicas, a solicitação requer o Formulário de Pauta Espontânea, documento de identificação, CNPJ, Contrato Social, ata de reunião de assembleia, estatuto e termo de responsabilidade.
As solicitações devem ser feitas com, no mínimo, 40 dias de antecedência ao evento, e os documentos devem ser preenchidos digitalmente. Caso haja necessidade, o setor administrativo do MVMC está disponível para fornecer suporte. Além disso, é imprescindível fazer um aviso prévio, seja por e-mail ou telefone, para garantir a reserva e o bom andamento do processo.
Os cursos oferecidos são, geralmente, gratuitos. No entanto, caso haja cobrança, o valor máximo permitido para a participação é de R$ 50, conforme estabelecido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Esse valor deve ser destinado exclusivamente à aquisição de materiais necessários para o curso.