O pastor investigado por assediar sexualmente meninas em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, pulou o muro da igreja que o abrigou na tarde dessa quarta-feira (22/1). Na ocasião, ele era perseguido por conhecidos e vizinhos que souberam dos crimes e queriam linchá-lo.
Em nota, a Assembleia de Deus Mensageiros de Cristo – Congregação Monte Hermon disse o pastor investigado correu para o local com medo de ser agredido. Dois líderes religiosos que estavam no local conseguiram conter as pessoas do lado de fora da igreja.
Os evangélicos chamaram a Polícia Militar de Goiás (PMGO), mas, quando a equipe chegou no templo, o pastor não estava mais nas dependências da igreja. Segundo a nota da igreja, ele “provavelmente pulou o muro dos fundos e evadiu-se do local”.
A direção da igreja disse que não tem conhecimento sobre os dois boletins de ocorrência registrados contra o investigado.
Troca de mensagens
A mãe de uma das meninas que estava trocando mensagens com o pastor pedófilo procurou a Polícia Civil de Goiás (PCGO) após tomar ciência do teor das conversas. A filha dela achava que estava conversando com um adolescente de 14 anos.
Além dessa investigação policial pelo crime de produção de imagens com conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes, o pastor já foi denunciado por aliciamento de menor e importunação sexual.
Os assédios começaram quando a vítima conheceu uma jovem no condomínio onde mora. A mais velha criou um grupo de WhatsApp, no qual colocou a menina, outras crianças e o pastor. As conversas começaram em seguida.
“Só putaria enois”
A menina até tentou apagar algumas das mensagens, mas a mãe conseguiu recuperar, por meio do backup do celular. O Metrópoles conseguiu novos prints de conversas. Na maioria das vezes, ele demonstrava que queria ver as duas garotas do grupo se mantendo relações: “Ela chupando o seu ‘grello [sic]”.
Ele continua: “Depois vc nela”. O pastor pergunta, então: “Tu gosta xvideo tbm né [em referência a um site de vídeos adultos]”.
Ele pede para uma delas mandar uma mensagem para ele: “Chama no privado nois fica mais dboas conversa sobre tudo kkk”. Sem ter nenhuma resposta, o pastor rebate: “Só putaria enois”.
Uma das vítimas do pedófilo parece ficar constrangida. E o investigado afirma: “Min [sic] desbloqueia no privado pow”.
Leia as novas conversas:
A coluna Na Mira tentou entrar em contato com o pastor pelo telefone usado para mandar mensagens no grupo e no privado para as meninas, mas não teve resposta.