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Mais verde e urbanizado, Sol Nascente/Pôr do Sol recebe mudas de árvores em diferentes pontos da cidade

O Sol Nascente/Pôr do Sol tem se transformado nos últimos anos. Com mais infraestrutura e urbanização, a região ganha, desde o início do ano, áreas mais verdes por meio do plantio de cerca de 1,7 mil mudas de árvores em diferentes endereços nos trechos 1, 2 e 3. Com constante levantamento de áreas que podem receber mais mudas, o objetivo é melhorar ainda mais a qualidade de vida dos mais de 95 mil moradores da região.

O Sol Nascente/Pôr do Sol ganha mais áreas verdes, com o plantio de cerca de 1,7 mil mudas de árvores em diferentes endereços nos trechos 1, 2 e 3 | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

As plantações ocorrem no período chuvoso, entre novembro e fevereiro, garantindo as melhores condições para o crescimento das mudas e atende ao Programa Anual de Arborização do Governo do Distrito Federal (GDF), que busca padronizar as áreas verdes em todo o DF e reforçar a sustentabilidade ambiental na capital.

Segundo o diretor das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Raimundo Silva, a iniciativa marca uma fase de avanço na infraestrutura do Sol Nascente/Pôr do Sol. “A evolução de uma cidade passa por etapas. Não é possível plantar árvores enquanto não for feita a drenagem, calçadas, energia das quadras. A última etapa de todos esses serviços é justamente o paisagismo, a ser feito quando calçadas, rede elétrica, drenagem e asfalto estiverem concluídos. A urbanização de áreas verdes é o toque final de uma região administrativa”, diz Silva, comemorando o estágio que a RA alcançou.

O assessor da Diretoria de Cidades no Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Matheus Marques Dy Lá Fuente, diz que o plantio da muda conta com inserção de hidrogel na terra para amenizar os impactos no período da seca

Entre as plantas escolhidas para compor o cenário do Sol Nascente/Pôr do Sol estão ipê-rosa, ipê-braco, nêspera, bauhinia, conhecida por pata-de-vaca, mutamba e saboneteira. Além da escolha de espécies adaptadas ao clima e ao solo do Distrito Federal, como as do Cerrado, todo o plantio é pensado de forma estratégica para garantir a sua efetividade. “A gente começa desde a identificação das áreas, e após todos os trâmites da licitação, iniciamos a abertura dos berços e adubação”, aponta Matheus Marques Dy Lá Fuente, assessor da Diretoria de Cidades no Departamento de Parques e Jardins da Novacap.

A Novacap é responsável pelo plantio, manutenção das árvores e ações posteriores, como podas preventivas

Durante a instalação da muda, também é feita a inserção de hidrogel na terra, a fim de amenizar os impactos no período da seca. “O hidrogel é uma molécula que serve para concentrar a água e que mantém o solo úmido por mais tempo. Então no período chuvoso ele se enche de água para dar uma sobrevida na umidade do solo depois”, explica Matheus.

“Quando eu cheguei aqui, não tinha nada. Agora já temos infraestrutura, como asfalto e calçamento. Quando as novas árvores começarem a crescer, vai ficar lindo demais”

Francisca Santos, moradora do Sol Nascente/Pôr do Sol

Junto às mudas, são colocados tutores feitos de galhos de eucalipto com pelo menos 4 centímetros de diâmetro e 2 metros de comprimento, que ajudam no crescimento e na estruturação da planta até o enraizamento. As mudas são colocadas com um espaçamento mínimo de seis metros entre elas, respeitando a variação entre as espécies. Com condições favoráveis, três meses de chuva são suficientes para garantir a fixação da planta.

Urbanização

O cenário do Sol Nascente/Pôr do Sol tem se transformado desde 2019, quando o local virou oficialmente uma região administrativa. Dotada de infraestrutura de esgotamento sanitário, fornecimento de água, energia, asfalto e equipamentos públicos, como escolas, creches, hospital, centro olímpico, transporte coletivo e limpeza urbana, a Região Administrativa de Sol Nascente/Pôr do Sol, ao longo desses anos, o governo tem investido mais de R$ 600 milhões para levar infraestrutura à RA.

Darcy Neves elogia o trabalho para a arborização da região administrativa: “É bom demais porque traz mais frescor e vida para onde a gente mora”

Moradora há 10 anos, Francisca Santos, 50, testemunhou de perto as mudanças na cidade. “Quando eu cheguei aqui, não tinha nada. Agora já temos infraestrutura, como asfalto e calçamento. Cada vez mais se torna um lugar bom para morar”, opina a dona de casa, animada também com o paisagismo na região: “Quando as novas árvores começarem a crescer, vai ficar lindo demais”.

Darcy Neves, 56, também está satisfeita com a arborização da RA. “É bom demais porque traz mais frescor e vida para onde a gente mora”, diz. As novas mudas foram plantadas próximas ao percurso que a operadora de caixa caminha para ir até a Vila Olímpica, onde faz atividade física. “Não vejo a hora de tudo crescer e poder fazer essa caminhada na sombra”, conta, animada.

Arborização no DF

Brasília é uma das capitais mais arborizadas do Brasil — o índice de área verde é quatro vezes maior que o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 12 m² por habitante. Atualmente o GDF trabalha para padronizar o verde na capital, visando à melhor qualidade de vida para todos os moradores da região. São plantadas, sobretudo, mudas nativas do Cerrado e exóticas adaptadas ao clima, dentro do escopo de produção dos viveiros da Novacap.

As árvores são desenvolvidas no Viveiro 2 da Novacap, no Setor de Oficinas Norte, e passam por pesquisas e experimentos agronômicos. Mais de 200 espécies, das quais cerca de 60% são nativas do Cerrado. É o caso do ingá-mirim e do ingá-colar, que despontam logo em janeiro, bem como dos ipês, do jatobá-da-mata e do jatobá-do-cerrado, que florescem em junho.

A Novacap é responsável pelo plantio e manutenção das árvores, coordenando desde a coleta de sementes à implantação das mudas nas cidades e ações posteriores, como podas preventivas. A plantação feita pela população deve ser orientada por equipes técnicas do órgão para evitar prejuízos estruturais e até acidentes. O serviço pode ser solicitado pela Ouvidoria-Geral do Distrito Federal, por meio do telefone 162 ou pelo site.

 

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