Faltando aproximadamente dois anos para que o Brasil tenha que ir às urnas escolher quem será o novo presidente da República, alguns nomes já começam a ser ventilados e aparecer em cena.
Destes, alguns, inclusive, já se consideram como pré-candidatos na disputa.
É o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e de Pablo Marçal (PRTB), que disputou a Prefeitura de São Paulo em 2024. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas costuma dizer que quer reverter a decisão para poder se tornar o candidato que vai representar a direita.
Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro diz que pretende retornar ao cargo por ter “paixão pelo Brasil”.
No entanto, por conta do impedimento de participar da disputa, outros políticos começam a demonstrar interesse na cadeira da Presidência. Alguns destes foram avaliados pelo ex-presidente.
Um dos principais nomes – daqueles que seriam apoiados por Bolsonaro – é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já foi questionado diversas vezes sobre o assunto, mas costuma se esquivar, afirmando que o candidato é Bolsonaro.
Sobre ele, o ex-presidente afirma ser um “excelente gestor”, mas que se faz necessária uma conversa com o povo para entender “se ele está maduro para representar a direita ou não”.
Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás e antigo aliado de Bolsonaro, já se colocou na disputa e diz que iniciará a rodar pelo Brasil em março. No entanto, Bolsonaro afirmou à CNN não ver muita visibilidade nesse nome.
“Ele é muito bem avaliado lá [Goiás], mas não sai de lá… qualquer saída fora dele, não tem aceitação, não tem nome”, disse.
Romeu Zema (Novo) também tem tido o nome ventilado nos bastidores. Ele, no entanto, já chegou a dizer que não tem “nenhuma pretensão” ao cargo.
“Bom administrador também, mas, no meu entender, conhecido mais em Minas Gerais ainda”, avaliou Bolsonaro.
Um nome polêmico no debate eleitoral é o do empresário Pablo Marçal (PRTB), que também já se colocou na disputa.
Antes de concorrer à Prefeitura de São Paulo, mantinha uma relação relativamente próxima à Bolsonaro, chegando a apoiá-lo na eleição de 2022. No entanto, a relação dos dois estremeceu na eleição municipal, em que Bolsonaro decidiu por apoiar o candidato eleito, Ricardo Nunes (MDB).
As rusgas praticamente colocaram um ponto final na relação.
“Eu evito conversar sobre esse cara [Marçal], carta fora do baralho. […] Tem um baita dum potencial, mas ele tem que se controlar”, disse o ex-presidente.
Recentemente, o cantor sertanejo Gusttavo Lima externou uma vontade de participar da eleição, colocando-se à disposição também. O que, de acordo com apuração da CNN, surpreendeu negativamente o ex-presidente e também o governador Ronaldo Caiado, que está à frente do estado de onde vem o artista.
“Conversei com ele um tempo atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então eu tirei o pé. Ele tem idade e popularidade. […] É um excelente nome para o Senado, mas, para a presidência, não sei se está maduro ainda”, ponderou o ex-presidente.
O nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), parece ser um dos únicos que agrade o ex-presidente.
“Me dou muito bem com ele, pode ser um nome, pode ser um nome para a direita, um bom gestor também, mas digo, eu não trato desse assunto com ninguém”, afirmou.
Outros possíveis nomes para a disputa e que, inclusive, já começam a aparecer em pesquisas eleitorais, são da própria família de Bolsonaro. Os filhos Eduardo, Flávio e a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, parecem agradar o eleitorado de direita.
Sobre os filhos, Bolsonaro diz que são maduros. Ele ressaltou que Eduardo Bolsonaro “tem um vasto conhecimento de mundo” e que os dois “podem ser opções”.
A respeito de Michelle, o ex-presidente diz que a ida dela à posse de Trump trará uma “popularidade enorme” e brincou que seria “um bom nome, com chance de chegar” se o colocasse como ministro-chefe da Casa Civil.
Este conteúdo foi originalmente publicado em À CNN, Bolsonaro fala sobre possíveis nomes da direita para 2026 no site CNN Brasil.