O caso de um bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul, que revelou crimes cometidos por Deise Moura dos Anjos através do arsênio ganhou destaque na mídia do Brasil e do mundo.
Deise teria um histórico de desavenças familiares e a sogra Zeli dos Anjos seria seu principal alvo.
Zeli preparou o bolo na véspera de Natal. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o veneno (arsênio) foi misturado por Deise na farinha utilizada pela sogra no preparo.
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1 de 20Veja envolvidos em tragédia familiar no RS
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2 de 20Bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul • Reprodução
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3 de 20Ordem das imagens: a suspeita Deise Moura dos Anjos (de branco), o sogro Paulo Luiz dos anjos (de cinza), Tatiana Denise dos Anjos (marrom) e a sogra Zeli dos Anjos (de rosa) • Reprodução
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4 de 20Bolo envenenado: acusada (Deise Moura dos Anjos) tentou cremar corpo de sogro (Paulo Luiz dos Anjos) para esconder vestígios do crime antes do bolo envenenado • Reprodução
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5 de 20Maida Berenice da Silva, Neuza Denise dos Anjos (centro) e Tatiana Denise dos Anjos, vítimas do bolo envenenado • Redes Sociais
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6 de 20Foto mostra nora e sogra juntas em 2021. Deise tinha como principal alvo a sogra Zeli • Reprodução/Redes sociais
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7 de 20Coletiva da polícia sobre o caso do bolo envenenado • Reprodução
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8 de 20Perícia faz análise dos ingredientes do bolo para encontrar o veneno • Sofia Villela/IGP/RS
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9 de 20Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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10 de 20Da esquerda para direita: Diego dos Anjos (marido de Deise e filho de Paulo e Zeli), Deise dos Anjos (nora), filho de Deise e Diego, Zeli dos Anjos (sogra) e Paulo Luiz dos Anjos (sogro)
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11 de 20Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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12 de 20Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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13 de 20Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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14 de 20Perícia faz análise no bolo envenenado de Torres para encontrar arsênio • Sofia Villela/IGP/RS
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15 de 20Perícia faz trabalho para identificar veneno com exumação do corpo do sogro da acusada. Durante a exumação, no ato, são pelo menos 10 pessoas do IGP envolvidas • Sofia Villela/IGP/RS
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16 de 20Bolo envenenado: após sogra sobreviver, suspeita tentou levar pastel para ela no hospital • Reprodução
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17 de 20Scanner de corpos do Instituto Geral de Perícias, onde foi periciado o corpo de Paulo dos anjos, sogro de Deise, envenenado em setembro de 2024 • ASCOM/IGP
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18 de 20Analise em laboratório dos alimentos entregues por Deise para sogra no hospital • Anelize Sampaio IGP/RS
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19 de 20Alimentos entregues por Deise para sogra no hospital • ASCOM / IGP-RS
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20 de 20Arte mostra quem é quem no caso do bolo envenenado • CNN
Sete pessoas participaram da confraternização, mas nem todas comeram o bolo.
As irmãs de Zeli, Neuza e Maida, morreram na madrugada do dia 24 de dezembro depós de ingerirem o bolo com arsênio. Tatiana, sobrinha, morreu após ser hospitalizada, no dia 25.
O sobrinho-neto, Matheus, e a sogra, Zeli, foram hospitalizados e receberam alta posteriormente.
A polícia também constatou que antes do bolo, Deise matou o sogro, Paulo Luiz dos Anjos, também com arsênio, só que colocado no leite em pó.
Caso na Argentino
A história de crimes envolvendo veneno também é famosa em outros países. Na Argentina, um caso ocorrido em 1979 aponta para uma serial killer que envenenava as amigas através de cianeto colocado no chá.
Mercedes Bolla Aponte de Murano, conhecida como “Yiya”, permaneceu nos registros da história criminal argentina como a “envenenadora de Monserrat”, a primeira assassina em série da Argentina.
O caso veio à tona em 1979, quando as filhas de Carmen Zulema Del Giorgio solicitaram a autópsia do corpo de sua mãe, morta em março daquele ano.
Segundo elas, o porteiro do prédio contou que viu Murano entrar no apartamento da mulher e sair com um pedaço de papel e uma garrafa. O papel, segundo a investigação, seria uma nota promissória que provava que Del Giorgio havia lhe dado dinheiro.
A autópsia determinou que havia vestígios de cianeto no sangue da mulher.
Enquanto procuravam mais testemunhas para este caso, os investigadores descobriram que Murano aplicava golpes. Ela recebia dinheiro dos amigos e prometia multiplicá-lo no mercado financeiro.
Com esta informação, outras duas vítimas foram identificadas: Nilda Gamba e Lelia Formisano de Ayala, duas mulheres a quem Murano devia dinheiro e que morreram um mês antes de Del Giorgio.
Os corpos foram exumados para autópsias e os resultados corroboraram a suspeita dos investigadores: as duas mulheres tinham cianeto no organismo.
Porém, apesar de todas as provas apresentadas na investigação, na primeira instância judicial Murano foi absolvida e liberada.
Somente em junho de 1985 a decisão foi revista pela Câmara Criminal, após pedido de recurso do promotor e do advogado que representava uma das vítimas.
A decisão foi de condenar a “envenenadora de Monserrat” à prisão perpétua.
Com a reconstrução dos crimes, que se refletiu na decisão da Câmara Criminal em 1985, um modus operandi foi revelado: Yiya Murano se aproveitou do vínculo de confiança com as vítimas e usou cianeto – provavelmente no chá – para matar as mulheres.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolo envenenado: além do Brasil, Argentina tem caso famoso de chá assassino no site CNN Brasil.