Após ser preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por atirar em três mulheres, incluindo a esposa dele, o delegado da Polícia Civil (PCDF) Mikhail Rocha foi encaminhado à corregedoria, localizado no Departamento de Polícia Especializada (DPE). A PMDF informou que o filho de 7 anos de Rocha, que não passava bem, também foi encaminhado ao local, e não a um hospital.
Segundo o porta-voz da corporação, major Raphael Broocke, a PCDF foi acionada logo após os militares identificarem Mikhail como delegado. Foi a própria Polícia Civil, de acordo com Broocke, que teria encaminhado o autor dos disparos DPE, junto com a criança, nesta quinta-feira (16/1).
Além da esposa, uma empregada dele também foi baleada no Condomínio Santa Mônica, em São Sebastião. Após isso, Mikhail procurou o Hospital Brasília do Lago Sul para buscar atendimento para o filho de 7 anos, que estaria vomitando.
A reportagem apurou que o delegado ficou irritado por não conseguir atendimento prioritário e disparou contra uma enfermeira.
A vítima, identificada como Priscila Pessôa Rodrigues, 45, foi atendida no local. Ela estava estável e passava por cirurgia. Ela era avaliada por um neurocirurgião, já que fragmentos do projétil atingiram a coluna dela.
O policial civil, que estava afastado das funções havia 30 dias, foi preso logo depois por PMs da Patamo. Ele foi levado para a Corregedoria da PCDF. Por estar em aparente surto, não deve prestar depoimento imediatamente.
Enfermeiras do hospital que estavam no momento do crime também foram encaminhadas à delegacia para prestar depoimento como testemunhas. Veja:
Em nota, o Hospital Brasília informou que as atividades “seguem sem nenhum prejuízo assistencial aos pacientes”.
Vítimas hospitalizadas
A esposa do policial, Andrea Rodrigues Machado Menezes, 40 anos, e a empregada, identificada como Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45, foram levadas para o Hospital de Base (HBDF).
Andrea levou ao menos três tiros, segundo apurou a coluna Na Mira, e está em estado grave. A Corregedoria da Polícia Civil (PCDF) investiga o caso.