No ano passado, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, emitiu 3.620 alertas de desastres — maior número desde o início do monitoramento em 2011.
Em 2024, foram registrados 1.690 desastres; terceiro maior registro da série. O ano foi marcado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas.
Cerca de metade dos alertas (53%) foram de risco geológico, como deslizamentos de terra. Os outros alertas (47%) foram associados a riscos hidrológicos, como enxurradas e transbordamentos de rios e córregos.
Dois terços dos alertas são de origem hidrológica, o que indica a predominância de enchentes e enxurradas, com destaque para as áreas urbanas e mais vulneráveis, de acordo com o Cemaden.
Regiões mais afetadas
Os alertas e as ocorrências registradas pelo Cemaden se concentraram nas grandes regiões metropolitanas do Brasil, como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).
No ranking dos municípios, Manaus (AM) é a cidade com o maior número de alertas emitidos (50). Na sequência, estão Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), ambas com 41 alertas.
Entre as cidades com maior número de ocorrências de desastres, estão Petrópolis (RJ) com 44 registros, seguida por Salvador (BA), com 33, e São Paulo (SP), com 27.
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