As casas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram por uma inspeção depois do atentado na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13).
A medida foi tomada para avaliar eventual risco de artefatos terem sido deixados na região das residências.
Policiais judiciais já fazem a segurança rotineira das casas dos magistrados. A inspeção após o atentado foi mais rigorosa.
O homem-bomba Francisco Wanderley Luiz tinha o STF como alvo.
Ele morreu depois de deitar-se sobre uma bomba que havia acabado de acender, ao lado da estátua da Justiça e em frente ao prédio do Supremo.
Varredura na Corte
O prédio principal do STF também passou por uma varredura, na manhã de quinta (14), por agentes da Polícia Federal e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar.
A Corte está cercada com gradis desde o episódio, e seguirá assim por tempo indeterminado.
Autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz explodiu bombas e artefatos na Praça dos Três Poderes, em um trailer e em um carro no anexo IV da Câmara dos Deputados e na casa em que morou de aluguel em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.
Ameaças
Conforme mostrou a CNN, as ameaças ao STF e aos ministros se intensificaram nos últimos anos. Desde os ataques de 8 de janeiro de 2023, por exemplo, a Corte recebeu cerca de mil e-mails com ataques, numa média de 3 por dia.
O Supremo também já recebeu mensagens anônimas enaltecendo o ato de Wanderley.Elas tratam o homem como um “mártir” que está descansando ao lado de Deus e que investiu contra a “escória” do STF.
Wanderley havia alertado em seus perfis nas redes sociais que cometeria um atentado.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar o caso. A investigação está no STF e foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes. A apuração se baseia neste momento inicial nas hipóteses criminais de atentado contra o Estado de Direito e de ato terrorista.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Casas dos ministros do STF foram inspecionas após atentado no site CNN Brasil.