Oito grandes hospitais de Salvador passaram durante toda a semana por um pente-fino para verificação do cumprimento de normas de saúde e segurança. A vistoria, coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), apontou que há “alto risco de incêndio” em todas as unidades.
Segundo o MPT, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) não poderá emitir o auto de vistoria de nenhuma das instituições de saúde.
“Em caso de incêndio em qualquer uma das unidades, as chances de que tome grandes proporções é muito grande por conta da falta de hidrantes, saídas de emergência com irregularidades e projetos não implementados”, aponta o comunicado.
Cerca de 20 mil trabalhadores atuam entre as unidades públicas e particulares fiscalizadas, são elas:
- Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)
- Hospital Agenor Paiva
- Hospital da Bahia
- Hospital Português
- Hospital Geral do Estado (HGE) – Hapivida
- Iperba
- Hospital Universitário Edgard Santos (Hupes)
O projeto “Melhor Prevenir” reuniu também outros órgão e entidades. Notificações, autuações, inquéritos e ações judiciais podem se desdobrar após as irregularidades que foram identificadas.
O MPT apontou ainda que o setor de saúde vem registrando nos últimos anos uma “incômoda” liderança em todos os indicadores de número de acidentes de trabalho, como com perfuro cortantes, realidade que se repete nas unidades de Salvador.
“A grande notificação é sinal de que pelo menos o setor comunica os acidentes, mas nos preocupa a aplicação dos protocolos para evitar que o trabalhador acidentado adquira uma doença decorrente do corte que sofreu. Também nos chamou a atenção a precariedade dos espaços de descanso, que deixam o trabalhador mais estressado e com maior risco de desatenção”, afirmou o procurador do MPT Ilan Fonseca, que integrou a operação fiscal.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Oito hospitais de Salvador correm “alto risco de incêndio”, diz MPT no site CNN Brasil.