Apenas em setembro deste ano, mais de 6.302 hectares de vegetação sofreram com queimadas. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e consideram o total de incêndios ocorridos até a última segunda-feira (16/9).
No período, os bombeiros da capital federal foram acionados para atender 1.546 ocorrências. O momento mais crítico aconteceu no domingo (15/9), quando um incêndio de grandes proporções atingiu o Parque Nacional de Brasília. Ao todo, 1.722,79 hectares de vegetação foram queimadas em todo o DF naquele dia.
O governo (GDF) informou que vai suspender as férias de todos os militares do CBMDF, que serão convocados para o combate ao incêndio que destrói o Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse ao Metrópoles que também irá convocar de volta os integrantes da corporação que estão cedidos à Força Nacional ou outros órgãos.
Segundo o último balanço divulgado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a estimativa de área atingida é de 2 mil hectares no Água Mineral.
“Vamos reforçar a prevenção com bombeiros indo aos locais que costumam ter incêndio e não apenas trabalhar quando o fogo já surgiu”, reforçou Ibaneis.
Outras medidas
Todos os dias, logo nas primeiras horas da manhã, o CBMDF passará a sobrevoar a capital federal a fim de identificar focos de incêndios florestais.
A medida, acordada entre órgãos do GDF durante reunião nessa segunda-feira (16/9), visa agilizar o combate às chamas que destroem vários pontos do Cerrado, inclusive grande parte do Parque Nacional de Brasília.
Segundo a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, que participou da reunião, 1,5 mil homens estarão mobilizados para combater os incêndios florestais.
“Helicópteros dos bombeiros e da Polícia Militar (PMDF) vão sobrevoar todo o DF para levantar onde tem foco de incêndio. Eles já avisam aos bombeiros, que vão mandar equipe para os locais”, disse a chefe da pasta.
Em relação às escolas, a secretária afirmou que o protocolo segue o mesmo método adotado desde o início das queimadas. “Onde há foco de fumaça e fuligem, as escolas podem suspender as aulas, marcando um novo calendário de reposição”, completou Hélvia.