Handerson Cabral, diretor-presidente da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF), afirmou que “100% da frota está segura para a sociedade usar” neste domingo (14/7). Horas antes, no começo da noite do dia anterior, um trem pegou fogo na Estação 114 Sul. O incidente interrompeu a circulação em todas as estações da Asa Sul.
O veículo que passou pelo incidente fazia parte dos primeiros modelos entregues pela fabricante ao sistema e tinha entre 27 e 30 anos de operação. O órgão garantiu que o trem podia ser usado e estava com a manutenção totalmente em dia, assim como o resto da frota utilizada na capital federal.
“Você vai perguntar ao presidente: ‘É uma incoerência, né? Se ontem um trem pegou fogo e dizer que 100% da frota está segura para usar?’. Mas 100% da nossa frota está com a manutenção 100% em dia. Então, a fatalidade está escondida num lugar que a gente não consegue ver. Ontem, a fatalidade estava escondida em algum componente dentro do carro número 3 que gerou esse incêndio”, comenta o presidente do Metrô-DF.
O metrô teve um foco de incêndio na Estação 114 Sul. O fogo acabou interrompendo a circulação em todas as estações da Asa Sul. “Esse trem que foi incendiado é da série 1000, que faz parte do conjunto dos primeiros 20 trens que foram entregues logo no início do funcionamento do metrô. O trem de janeiro, que também teve um dos seus carros incendiados, também é um trem da série 1000”, disse Cabral.
Em média, os vagões desse tipo possuem uma vida útil de 45 anos, informou a empresa. O diretor da companhia afirmou que mantém contato com a fabricante dos veículos e planeja que seja uma inspeção mais detalhada seja feita com o objetivo de determinar, eventualmente, um novo programa de manutenção ou reabilitação.
“Para que a gente possa primeiro identificar se é um componente, se é algum sistema que tem causado esse tipo de incidente. Identificado essa causa, a gente planejar juntamente com o fabricante uma substituição de peças, componentes, modernização”, alega. Ele também aponta que não houve risco para os usuários nas ocorrências de incêndio. Atualmente, a companhia gasta cerca de R$ 150 milhões com a manutenção dos veículos e das linhas utilizadas.