Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Distrito Federal amanheceram nesta terça-feira (11/6) com uma multidão de vigilantes em frente às entradas, com placas e cartazes que anunciavam o início de uma greve da categoria. A diretoria do sindicato dos profissionais (Sindesv-DF) afirmou que cerca de 800 trabalhadores aderiram ao movimento.
A greve iniciou pela manhã e afetou estabelecimentos de saúde em Planaltina, em Sobradinho, em Ceilândia, em Taguatinga, no Guará, em Samambaia e em Brazlândia. O Sindesv-DF informou que Ipanema Segurança Ltda., responsável pela contratação dos vigilantes, foi comunicada previamente sobre a medida.
Os grevistas acusam a Ipanema de não pagar salários e benefícios, como vale-alimentação e férias remuneradas. A categoria acrescentou que as atividades não serão totalmente retomadas enquanto não forem quitadas todas as pendências.
A remuneração básica dos profissionais é de R$ 3,5 mil, inclusa a cobertura por risco de vida, com pagamento de adicional por serviço no horário da noite. Já o valor do ticket alimentação é de, aproximadamente, R$ 700 por mês.
De acordo com o sindicato, os vigilantes que atuam nas UBSs estariam ser receber o pagamento dos salários e benefícios desde a última sexta-feira (7/6).
Por conta da greve do setor, profissionais que atuam nos hospitais regionais administrados pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) teriam sido remanejados para as UBSs.
Por meio de nota, a SES-DF esclareceu que os pagamentos correspondentes aos serviços prestados em abril estão dentro dos prazos regimentais para liquidação.
“A pasta informa que acompanha a situação para não haver prejuízo aos serviços prestados, e destaca que as visitas nos hospitais da rede estão mantidas. A SES ressalta que está em contato a empresa responsável pelos serviços de vigilantes aguardando o retorno dos profissionais a seus postos”, destacou a SES-DF.
Já a empresa Ipanema ainda não retornou o contato, mas o espaço segue aberto para eventuais manifestações.