Um bilhete escrito à mão pelo delegado Rivaldo Barbosa foi crucial para o pedido de depoimento feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Pedido por “misericórdia”
No bilhete, Barbosa escreveu: “Por misericórdia, faça a polícia me ouvir”. Após o pedido, Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) ouvisse o depoimento do delegado em até cinco dias.
A informação sobre o bilhete foi publicada pelo portal G1 e confirmada pela CNN.
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A defesa de Barbosa alega que, desde sua prisão em 24 de março, ele não foi ouvido pelos investigadores da PF, contrariando uma decisão anterior de Moraes. Eles pedem a reversão da prisão para que ele responda em liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica e medidas cautelares.
Segundo a PF e o Ministério Público Federal, Barbosa teria arquitetado o assassinato de Marielle junto com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, desviando o curso das investigações e acusando pessoas inocentes. A defesa nega que ele conheça os Brazão.
Figura emblemática
Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro quando Marielle foi assassinada em 2018. Ele havia prometido à família da vereadora que desvendaria o caso e chegaria aos mandantes, quando estava à frente do caso.
*Com informações de Teo Cury
Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Marielle: Bilhete de ex-chefe da Polícia Civil pedindo para depor motivou decisão de Moraes no site CNN Brasil.