Com processamento mensal de mais de 123 mil toneladas de material, que é posteriormente convertido em restos da construção civil (RCC), a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE) se destaca como o local de referência no Distrito Federal para o descarte correto de resíduos. A URE fica na área onde funcionava o antigo Lixão da Estrutural, fechado em 2018.
Caminhões fazem cerca de 700 viagens diárias para transportar resíduos domésticos à URE | Foto: Divulgação/SLU
Desde que foi instalada, a URE já reciclou mais de 7 milhões de toneladas de RCC. São resíduos domésticos e de grandes geradores que vão para a unidade para receber tratamento adequado com técnicas ambientalmente adequadas de proteção do solo e tratamento de chorume.
São cerca de 700 viagens diárias de caminhão para transportar resíduos. Parte desse material é reciclada por um britador que transforma tudo em subtipos de produtos como areia, brita e rachão. Só em 2022, foram produzidas 257 mil toneladas desse britado, posteriormente utilizado pelas administrações regionais na melhoria de vias rurais no Distrito Federal.
“Além dessa produção de britados, o SLU [Serviço de Limpeza Urbana] também separa os materiais recicláveis que vêm junto com nas caçambas de RCC”, explica o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira. “O ferro é um desses materiais. Nós separamos e doamos para as cooperativas de catadores.”
Reciclagem
“Medidas simples nos ajudam a tornar a URE mais eficiente, como não misturar resíduos domiciliares em caçambas de entulho”
Leonardo Yamada, coordenador de Recuperação de Orgânicos, Disposição e Destinação Final de Resíduos do SLU
A atual presidente da Central de Cooperativas de Trabalhadores de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop), Aline Souza, que já atuou como catadora no antigo lixão, reconhece a importância do trabalho da URE na cadeia da reciclagem.
“O fechamento do lixão foi um marco para trazer dignidade e cidadania para os nossos catadores que de lá tiravam seu sustento”, aponta. “A maioria dos que aceitaram trabalhar em cooperativa está hoje dentro do nosso Complexo Integrado de Reciclagem. O espaço da URE complementa o trabalho que foi feito com os catadores nesse processo.”
A separação dos resíduos exige atenção especial quando se trata de descarte de restos de obras, lembra o coordenador de Recuperação de Orgânicos, Disposição e Destinação Final de Resíduos do SLU, Leonardo Yamada. É importante saber separar o material.
“Medidas simples nos ajudam a tornar a URE mais eficiente, como não misturar resíduos domiciliares em caçambas de entulho, pois a cadeia de tratamento de resíduos da construção civil é diferente da cadeia de tratamento de resíduos domésticos, de forma que essa mistura prejudica a reciclagem de ambos”, orienta o gestor.
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Novos planos
A URE conta com o apoio de uma empresa especializada que promove estudos de monitoramento, além de manutenção e prevenção de riscos do local. Também atua no local o corpo técnico do SLU, formado por engenheiros civis, ambientais e de trabalho, além de biólogos.
Estudos do SLU preveem a vida útil remanescente da unidade em cinco anos, contados a partir de abril de 2022.
Enquanto a URE segue em funcionamento dentro dessa perspectiva de vida útil, o SLU tramita um processo licitatório para a contratação de um novo projeto. Após esse contrato será dado sinal verde para implantação, operação e manutenção da nova área.
*Com informações do SLU
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