O Exército decidiu retirar o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, o “Coronel Cid”, do comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia (GO).
Cid iria deixar o Batalhão em maio, mas a saída dele foi antecipada.
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A saída de Cid ocorre três dias após a demissão do comandante do Exército, Júlio César de Arruda, motivada, especialmente, por dois episódios, segundo relatos feitos à CNN: a leniência do general em punir militares que participaram dos atos criminosos em Brasília no último dia 8 e sua recusa em cumprir a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para remover o tenente-coronel Mauro Cid, homem confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, do comando de um dos batalhões do Exército em Goiânia.
À CNN, autoridades que acompanharam de perto a decisão do governo de substituir Arruda disseram que o então comandante do Exército não vinha demonstrando disposição em controlar as tropas.
De acordo com relatos feitos à CNN, Arruda vinha demonstrando pretensão de manter Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante todo o seu mandato, no posto em Goiás. A insistência do general passou a preocupar o governo. Cid é investigado por Alexandre de Moraes num inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
Novo comandante do Exército e Cid
O novo comandante do Exército, general Tomás Paiva, defendeu em conversas com a cúpula do governo Lula que haja desde já um processo de pacificação entre o Executivo e as Forças Armadas, segundo fontes do governo ouvidas pela CNN.
Ele deve levar essas mensagens, em especial a pacificação e a necessidade de punição exemplar, na reunião do Alto Comando do Exército que deve ocorrer nesta terça-feira (24).
O tom é semelhante ao que, segundo fontes militares, ele já vinha defendendo em reuniões do Alto Comando após as eleições.
Essas posições internas pró-respeito ao resultado das urnas dentro do Exército foram fundamentais para que seu nome fosse escolhido, assim como os relatos que chegaram ao governo da forma como ele conduziu o Comando do Sudeste em novembro e dezembro.
Além, claro, do fato de o antigo comandante não ter demitido o coronel Cid, ligado a Bolsonaro, do comando de um pelotão em Brasília, e de ter sido considerado pelo Planalto leniente com os acampamentos em frente à sede do Exército em Brasília.
(Com informações de Thais Arbex)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Exército barra ex-ajudante de ordens de Bolsonaro de pelotão no site CNN Brasil.