O ruído promovido pelo novo governo abaixou nesses últimos dois dias e pode ser minimamente contido na primeira reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai acontecer na manhã desta sexta-feira (6).
Em seu discurso de posse, Simone Tebet (MDB) encontrou a palavra que resume o porquê de tanta turbulência em poucos dias de governo: divergência. A nova ministra do Planejamento falava da diferença de pensamento que tem com seus pares da equipe econômica, mas, no final, foi capaz de identificar a divergência de alguns dos nomeados por Lula com a realidade do país como o problema maior.
No encontro que o presidente terá com os ministros nesta sexta, urge uma inversão da direção apontada até agora por muitos dos aliados que querem mudar o passado, em vez de preparar o futuro com os avanços feitos até aqui. Corrigir muitas distorções, sim, mas sem criar tantas outras no caminho.
O maior desejo do terceiro mandato de Lula é colocar os mais pobres no Orçamento, onde a batalha por recursos não se dá apenas entre os ministérios.
Com tantos discursos pregando por mais gastos sem combinar com o Congresso Nacional, que hoje é dono de uma boa fatia do cofre, o governo estanca.
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*Publicado por Tamara Nassif
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