A advogada, ativista e coordenadora de Política de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça de Geledés Maria Sylvia Aparecida avaliou que a posição do ministro de Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida é de “extrema importância.”
Durante discurso de posse, ele citou homens e mulheres pretos e pretas, os povos indígenas, pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, travestis, intersexo e não binárias, além de pessoas com deficiência e idosos.
À CNN Rádio, no CNN No Plural, Maria Sylvia destacou que o fato de o novo ministro reconhecer a existência dessas pessoas invizibilizadas mostra “respeito às diferenças e dar atenção incondicional para elas.”
“Sofremos um processo histórico de desumanização, e é de extrema importância trazer a inclusão como imperativa para construção de sociedade justa, igualitária e fraterna.”
A especialista defende que “o desafio para essa pasta de Direitos Humanos tem relação com preservação da vida.”
“Silvio apontou isso no seu discurso, quando ele fala sobre violência estatal”, disse.
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Para a ativista, é necessário “colocar no centro da discussão de segurança pública, isso vale também para pautas de gênero, uma das demandas urgentes que temos em relação a gênero e raça é pensar nesse direito à vida da população excluída, inclusive de indígenas, LGBTQ e negros.”
A expectativa de Maria Sylvia é de que o próximo governo permita que “minorias políticas avancem e estejam mais representadas nas próximas gestões e governos, e que se repita também nas outras esferas de governo”.
*Com produção de Amanda Alves
Este conteúdo foi originalmente publicado em Direito à vida da população invizibilizada é demanda urgente, diz especialista no site CNN Brasil.