Logo no primeiro dia como ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) apresentou a descrição no seu novo crachá: “patinho feio da Esplanada”.
Em uma fala de improviso no discurso de posse, por ato falho ou por graça, o ex-prefeito de São Paulo confirmou o que se temia sobre sua posição de isolamento e submissão ao comando político do governo.
A reação do mercado veio forte, e a queda de mais de 3% do Ibovespa foi também uma correção sobre tudo que aconteceu desde a última sexta-feira (30), quando não houve pregão devido ao período de recesso de final de ano. Quem reclama da reação da Faria Lima argumenta que nunca foi segredo de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria o “super-ministro” de seu próprio governo.
A surpresa está na pressa com que a ala petista assumiu a tomada de decisões, e o esforço de moderação de Haddad foi contido (ou está sendo) antes que ele convencesse a todos de que ela existe.
Na conta da derrocada da Bolsa, ainda teve o tombo de 6,45% da Petrobras e a piora nas expectativas para a inflação de 2023, o que pode afetar a credibilidade do Banco Central (BC).
No episódio desta terça-feira (3), o CNN Money ainda traz um levantamento exclusivo sobre a derrota do governo na prorrogação da desoneração dos combustíveis, que vai custar R$ 25 bilhões aos cofres públicos.
Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
*Publicado por Tamara Nassif
Este conteúdo foi originalmente publicado em Haddad diz ser “patinho feio da Esplanada” e reforça temores de submissão a Lula no site CNN Brasil.