O chefe do Executivo adiantou que a principal bandeira da manifestação será a defesa de questões “morais” e “eleições auditáveis”
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na manhã desta terça-feira (7/6), em entrevista que os simpatizantes de seu governo já preparam ato para 7 de setembro em prol da defesa de questões “morais” e “eleições auditáveis”. O chefe do Executivo federal ainda disse que participará da manifestação, em Brasília.
“O que está sendo organizado, por exemplo, é um 7 de setembro, onde a presença do povo estaria dando uma manifestação de que lado eles estão: lado da ordem, da família, da lei, da ética da Constituição, da democracia. Isso que eles querem, defesa da família, contra a ideologia de gênero, contra aborto, contra empréstimo que havia no passado de bancos oficiais para ditaduras da África e América do Sul”, disse.
Segundo Bolsonaro, os manifestantes não estão preocupados se “fulano de tal vai ser eleito presidente da República, desde que as eleições sejam transparentes, limpas e possam ser auditáveis”.
Na entrevista, Bolsonaro ainda fez críticas aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, afirmando que a ida de manifestantes pró-governo às ruas não os sensibiliza.
“Agora não é apenas ir às ruas. A população apenas indo às ruas não sensibiliza Moraes, Fachin, Barroso. Eles estão no propósito de colocar a esquerda no poder de novo”, salientou Bolsonaro.
Na segunda-feira (6/6), Bolsonaro também havia acusado o ministro Fachin de elaborar uma jurisprudência para “criminalizar a participação de evangélicos nas eleições”.
O argumento do mandatário, relacionado à criação de jurisprudência para barrar religiosos, é infudado. Segundo o projeto Comprova, do Estadão, a tese aventada pelo ministro Edson Fachin durante um julgamento do TSE em agosto de 2020 não visava impedir a presença de pessoas de nenhuma crença na política.
7 de Setembro