Pedro Miguel Rodrigues Cardoso, 15 anos, segue internado em estado grave na UTI do Hospital Anchieta, em Taguatinga
Capaz de se comunicar pelos olhos com a família, Pedro Miguel Rodrigues Cardoso, 15 anos, segue internado em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Anchieta, em Taguatinga. Nesta terça-feira (7/6) completam 30 dias do dia em que o garoto foi atingido por uma árvore que caiu, no Parque da Cidade.
“Ele conversa com a gente através de uma plaquinha. Vai apontando as letras com os olhos e formando as palavras. Ele se lembra de tudo, menos do dia do acidente”, explica Luciane Rodrigues, a mãe do adolescente.
Segundo Luciane, o filho sente muita dor no crânio, no pescoço e nos pulmões, enquanto faz os exercícios respiratórios. Pedro segue sem realizar movimentos da cintura para baixo e está constantemente medicado para aliviar o quadro clínico. “Ele precisa do respirador mecânico para se manter vivo. Também foi diagnosticado com tetraplegia. A gente crê em Deus que ele não vai ficar assim, mas os relatórios médicos indicam que sim”, lamenta.
“Eu ainda não entrei com ação porque não tive tempo pra isso. Nossa vida virou de cabeça para baixo de uma hora para outra. A gente teve muitos gastos que não estavam previstos, não só com deslocamento, alimentação, estacionamento. E a gente não teve nenhum tipo de apoio. Isso tá causando muita indignação”, reclama.
Queda de árvore
Por volta das 11h, um pinheiro de cerca de 20 metros caiu no meio das pessoas que curtiam o dia sentados no gramado do parque, atingindo uma mulher, que fraturou a perna, e o adolescente, que sofreu parada cardíaca.
O acidente aconteceu no Bosque dos Pinheiros, perto do estacionamento 4. Miguel Rodrigues dormia no gramado e, por isso, não conseguiu escapar.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), divulgadas no dia do acidente, ele chegou a sofrer uma parada cardiorespiratória. Os socorristas conseguiram reverter o quadro e o adolescente voltou a respirar, sendo encaminhado inicialmente para o Hospital de Base.
A analista de sistemas Mariana Dantas, 40 anos, fazia um piquenique com a família no momento em que episódio assustador ocorreu. Ela narrou as cenas de desespero.
“Estávamos curtindo o Dia das Mães quando vimos uma árvore enorme caindo e todo mundo começou a correr. Depois só ouvimos o estrondo”, conta Mariana. Ela afirma que o gramado estava ocupado por muitas pessoas que aproveitavam o domingo de sol e, quando a árvore começou a cair, algumas conseguiram correr:
FONTE: Metrópoles